Clientes de banco são usados como escudo em tiroteio
06 Dez
Um assalto a banco que misturou elementos de filmes de ação e táticas dos velhos cangaceiros agitou Campo Novo do Parecis, uma pequena cidade de 26 mil habitantes a 396 km de Cuiabá, em Mato Grosso.
Uma agência do Banco do Brasil vizinha ao posto da PolÃcia Militar foi invadida e incendiada por bandidos, que trocaram tiros com os policiais usando os reféns como escudo humano.
Ao escapar, os assaltantes queimaram uma das camionetes usadas por eles na fuga para obstruir a passagem da polÃcia em uma estrada da região.
A quadrilha, formada por cerca de dez homens, chegou à agência bancária logo após a abertura do estabelecimento e dominou clientes e funcionários.
Depois de pegar o dinheiro dos caixas, os assaltantes colocaram fogo na sala que armazenava as imagens do circuito de segurança.
A polÃcia chegou e houve troca de tiros. Clientes e funcionários foram usados como escudo, e o delegado Eder Cley de Santana Leal foi atingido na perna e levado ao hospital da cidade.
"NOVO CANGAÇO"
Luciano Inácio, delegado da gerência de combate ao crime organizado da PolÃcia Civil de Mato Grosso, contou por que a ação é chamada de "novo cangaço".
"Eles chegaram da mesma forma como Lampião agia antigamente: com uma força bélica muito maior do que a da força pública local, dominaram a cidade e tomaram o que eles queriam -no caso, o dinheiro do banco", afirma.
"Nem o destacamento da PolÃcia Militar os intimidou", diz o delegado.
Após libertar os reféns, a quadrilha seguiu em direção à cidade de Nova Maringá.
Para bloquear o tráfego e atrapalhar a ação da polÃcia, os bandidos atearam fogo em uma das camionetes modelo S10 usadas na fuga. A outra foi abandonada a 40 km da cidade.
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