Vigilantes reafirmam unidade da categoria e luta contra retrocessos no primeiro dia de Congresso Nacional
26 Out
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A necessidade de resistência, mobilização, organização e luta foram destaque no debate sobre conjuntura nacional e internacional no 9º Congresso Nacional dos Vigilantes, realizado nesta quinta-feira (26), em Brasília. O ex-ministro da Previdência Ricardo Berzoini, o deputado distrital e diretor da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) Chico Vigilante e o presidente da CUT-GO, Mauro Rubens, foram os palestrantes.
O presidente da CNTV, José Boaventura, iniciou os trabalhos parabenizando os vigilantes. “É fundamental a realização deste congresso, principalmente neste momento difícil que enfrentamos. A nossa responsabilidade é dobrada, por isso, companheiros, este deve ser um ambiente onde o ânimo e a energia devem prevalecer para avançarmos em nossas lutas. Tivemos grandes combates e muitos ainda estão por vir. Mais do que nunca, este é um momento de esperança e, principalmente, resistência”, esclareceu Boaventura.
Berzoini explanou acerca da conjuntura política internacional. Em seu discurso, o parlamentar explicou aos vigilantes sobre os reflexos do golpe no exterior. Segundo ele, o que acontece em outros lugares influencia diretamente em nossa realidade e na relação do Brasil com demais países. “O golpe no Brasil não foi apenas um golpe de brasileiros contra brasileiros. Sem dúvida houve interesses por trás de todo o processo. O Brasil é um país que tem potencial para crescer em meio às grandes potências mundiais. Sendo assim, é preciso defendê-lo desses ataques”, explica.
Outro ponto destacado por ele foi o golpe instaurado. Para ele, a população está sendo diretamente afetada. Os reflexos dos ataques à democracia já chegaram juntamente com o fim da soberania nacional e as nocivas reformas trabalhista e previdenciária. “O papel do movimento sindical frente a esses problemas é intensificar a mobilização e batalhar para formar trabalhadores e trabalhadoras conscientes. Vivemos um período de completo estado de exceção, onde os direitos dos pobres são retirados diariamente em favorecimento dos interesses da minoria burguesa. Nossa luta deve ser constante. Vamos acabar com a perseguição à esquerda brasileira. O futuro do país está nas mãos da classe trabalhadora e a luta e unidade são a chave para barrar os retrocessos”, concluiu.
O diretor e deputado da CNTV, Chico vigilante também alertou para a necessidade do enfrentamento. “Esses projetos nos levarão à ruína e calamidade total. Precisamos ampliar nossa representação sindical nacional e internacionalmente, organizar nossa luta e ir para as ruas. Somente com mobilização garantiremos os direitos não apenas dos vigilantes, mas de toda população brasileira”, ressaltou.
O 9° Congresso Nacional de Vigilantes ocorre ainda nesta sexta-feira (27) e sábado 28. Com uma programação ampla, os delegados poderão compreender e organizar a luta por manutenção e garantia dos direitos.
Fonte: CNTV