Já pensou de onde vem os milhares de reais que financiam as campanhas eleitorais?
01 Jun
Antes mesmo da chegada do Delegado Federal José Pinto de Luna à Superintêndencia da Polícia Federal (PF) em Alagoas, já havia uma constatação de que os assaltos a bancos, casas lotéricas e agências dos correios alagoanos cresciam assustadoramente em ano eleitoral. A comprovação veio com a chegada do destemido policial que confirmou a estatística nas ocasiões em que conversamos.
É que, depois que a "Operação Taturana" expôs o esquema de corrupção na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) e deixou muitos políticos acuados, a onda de assaltos em anos eleitorais praticamente zerou. Foi-se, então, Pinto de Luna e a rotina de assaltos voltou com toda a força. Basta ver o número assustador de ocorrências só neste ano eleitoral de 2012. Excluindo-se os bancos e as casa lotéricas, foram 43 assaltos só à agências dos Correios. Coincidência? Nâo. Já nos disse e provou há muito tempo o Dr. Pinto de Luna.
Mas, o que mais vinha chamando a atenção era que, além da explosão do número de assaltos, ninguém era preso. E, nova "coincidência", após a mudança da titularidade de Superintência da PF em Alagoas e da recomposição do GECOC, grupo de Promotores de Justiça designados para o combate ao crime organizado, já ocorreram as primeiras prisões de assaltantes de bancos. Porém, tudo depois que o "caixa de campanha" está mais que garantido. Ao eleitor, é saber que a nota de cinquenta reais de amanhã, pelo pagamento do voto, pode ser o fruto do assalto a banco de ontem. E do crime organizado, dos desvios de dinheiro público e dos acordos espúrios com banqueiros e empresários é que veem os milhões de reais que financiam as campanhas dos seus "salvadores de pátria" endinheirados.