Falta de porta giratória facilita ação de assaltantes no Rio
14 Abr
Dois homens tentaram assaltar uma agência do Bradesco, em Inhaúma, no Rio de Janeiro, na quarta-feira 13, por volta das 14h. A ação foi facilitada pela ausência da porta giratória que o banco teima em não instalar, colocando em risco a vida de bancários e clientes.
Apesar disto, o assalto foi abortado pela reação rápida de um dos vigilantes. Segundo testemunhas, ele segurou o braço do bandido, forçando-o para cima, ao perceber o assaltante ao seu lado apontando uma arma. Com isso, vários disparos foram feitos para o teto. Bancários e clientes se jogaram no chão.
O vigilante sacou a arma e atirou contra o assaltante. Um comparsa, que se encontrava no autoatendimento, atirou para dentro da agência para dar cobertura, estilhaçando uma vidraça. Os dois fugiram. Ainda segundo relatos de testemunhas, entre os funcionários, uma jovem aprendiz foi ferida por estilhaços de vidro.
Falta de segurança
Vários diretores e funcionários do Sindicato dos Bancários do Rio foram ao local da tentativa de assalto. O diretor da secretaria de base da entidade, Marcelo Pereira, entrou em contato com a matriz, exigindo o fechamento da agência e a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).
Pela lei, a CAT tem que ser emitida em casos de assaltos, em função do trauma causado aos bancários. A agência foi fechada, mas o banco ficou da "dar uma resposta" posterior em relação à CAT.
Outro diretor do Sindicato, Carlos Maurício, criticou o Bradesco por não ter porta giratória com detetor de metais na grande maioria das agências. "Este é um equipamento que inibe a ação dos bandidos e é uma exigência do movimento sindical bancário em nível nacional. O Bradesco é o banco que tem mais agências sem porta giratória, mostrando com isto que pouco se importa com a vide de bancários e clientes", afirmou.