No Brasil já são contabilizados a morte de alguns trabalhadores da Prosegur
05 Mai
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A UNI Américas, junto com a CNTV, está denunciando o comportamento da empresa Prosegur em vários estados brasileiros a partir da crise COVID-19. Vigilantes e dirigentes sindicais reclamam da falha em fornecer EPI para proteger aos funcionários do vírus, obrigação de trabalhar em condições de alto risco, e tentativas de baixar salários.
Em Petrópolis, município do estado do Rio de Janeiro, o presidente Adriano Linhares explicou que, a partir da perda de contratos com o Banco Itaú, a empresa SegurPro - subsidiária da Prosegur - tentou obrigar aos funcionários viajar longas distâncias para novos postos de trabalho, ignorando o fato que sistemas de transporte público da área estão funcionando com restrição, e o Ministro da Saúde tem recomendado evitar viagens longas regulares pelo risco de contração do vírus. A pesar das queixas do sindicato, a empresa tem recusado a reconhecer a cláusula do contrato - vigente entre SegurPro e o Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e Região - que prevê o reaproveitamento profissional.
No estado do Rio Grande do Norte, a Prosegur está tentando aproveitar a Medida Provisória 936, aprovada recentemente pelo Presidente Bolsonaro, para obrigar aos vigilantes que trabalham no transporte de valores aceitar um novo acordo que estipula a suspensão do contrato de trabalho, banco de horas e redução de salário. Após resistência do sindicato, Sindforte Rio Grande do Norte, a empresa demitiu seis funcionários. Segundo o Presidente do Sindforte, Márcio Figueredo, “a Prosegur está se utilizando da crise da pandemia para tentar lucrar às custas dos trabalhadores,” notando que a operação de carro forte está designada atividade essencial, e a empresa - que é multinacional - continua com bastante estabilidade financeiro.