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Neste momento de isolamento social necessário para combater a pandemia de coronavírus, a violência contra mulheres e meninas pode piorar, segundo os relatórios "Mulheres no centro da luta contra a crise Covid-19", divulgado no final de março, e “Violência contra mulheres e meninas e Covid-19", lançado neste mês pela ONU Mulheres, entidade da Organização das Nações Unidas para igualdade de gênero e empoderamento. De fato, é o que tem ocorrido no Brasil. O isolamento social gerou entre os dias 1º e 25 de março um aumento de quase 9% no número de ligações para o canal Ligue 180, que recebe denúncias de violência contra a mulher. Entre os dias 17 e 25 de março, o serviço chegou a atender 3.303 ligações e 978 denúncias. Em São Paulo, o aumento expressivo da violência doméstica revela que muito precisa a ser feito. No estado, os atendimentos da Polícia Militar a mulheres vítimas de violência aumentaram 44,9%. E o número de feminicídio aumentou de 13 para 19 casos (46,2%) na comparação entre março de 2019 e março de 2020. “O aumento da violência contra as mulheres deve ser visto com muito cuidado e ser tratado com urgência pelo poder público, com medidas de apoio econômico e estímulo que atendam à gravidade de cada situação e reflitam as necessidades das mulheres neste momento de pandemia. Não podemos esquecer que, em todo mundo, uma em cada três mulheres já sofreu violência física ou sexual”, afirma a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT São Paulo, Márcia Viana, se referindo aos dados da Organização Mundial da Saúde. Confira, abaixo, dados da ONU explicando porque a pandemia afeta mais as mulheres:
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