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CORTE DE 30% NO ORÇAMENTO DA EDUCAÇÃO AFETARÁ DIRETAMENTE A SEGURANÇA PRIVADA NO PAÍS

15 Mai

CORTE DE 30% NO ORÇAMENTO DA EDUCAÇÃO AFETARÁ DIRETAMENTE A SEGURANÇA PRIVADA NO PAÍS

Estudantes protestam em todo o país contra cortes na Educação

 

Além dos alunos, professores e movimentos sociais estão nas ruas após anúncio de contingenciamento de verbas na área

 

Estudantes, professores e movimentos sociais de todo o Brasil protestam, na manhã desta quarta-feira (15/05/2019), contra o contingenciamento de verbas da Educação, anunciado pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL).

A comunidade acadêmica prometeu para esta quarta uma Greve Nacional da Educação, protesto unificado em todo o país contra a reforma da Previdência (PEC nº 6/2019). O movimento foi convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e diversos atos acontecem nas cidades.

Em Brasília, a mobilização começou às 10h, com concentração no Museu Nacional da República. O movimento abrange as 678 instituições públicas de ensino fundamental e médio na capital, além da Universidade de Brasília (UnB) e do Instituto Federal de Brasília (IFB).

A orientação de aderir à paralisação nacional da educação foi tomada após assembleia-geral realizada na última quarta-feira (08/05/2019) pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE). A UnB sofreu contingenciamento de 40% nos recursos, perda de R$ 48,5 milhões que pode afetar gastos com água, luz e segurança. Os bloqueios também atingiram a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Somente na instituição federal de ensino superior, foram eliminadas 123 bolsas.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL), em viagem a Dallas, no estado norte-americano de Texas, afirmou que os estudantes que protestam contra o contingenciamento de verbas nesta quarta-feira (15/05/2019) são “massa de manobra” e “idiotas úteis”.

Segundo Bolsonaro, “a maioria ali é militante. Se você perguntar a fórmula da água, não sabe, não sabe nada. São uns idiotas úteis que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais no Brasil”.

No Twitter Brasil, a hashtag #TsunamiDaEducação está entre as mais comentadas devido às manifestações organizadas pela comunidade acadêmica.

Rio de Janeiro
“No lugar de armas para a população, mais educação”. A faixa é levantada por estudantes em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Aderindo a greve, os manifestantes fecharam a BR-356, em frente à Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF). O protesto conta com apoio do Movimento Sem-Terra (MST) e do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF).

São Paulo
Na capital paulista, estudantes e professores fecharam uma das entradas da Universidade de São Paulo (USP),na Zona Oeste da cidade. Os manifestantes protestaram contra a reforma da Previdência e o governo Bolsonaro. Apesar de estadual, a USP foi afetada pela suspensão de bolsas de pós-graduação.

Em Capinas, no interior do estado, a avenida que dá acesso ao campus da Unicamp e da PUC-Campínas foi bloqueado na parte da manhã. Em Santos, petroleiros aproveitaram o movimento para protestar em defesa das refinarias.

O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp), Benjamin Ribeiro da Silva, repudiou as manchetes veiculadas por algumas mídias em decorrência dos protestos e qualificou as escolas que aderiram à paralisação como “dominadas por esquerdopata” e que só querem o pior para o país.

“Existem 10 mil escolas no Estado todo e são apenas algumas, não mais do que 25, 30,  que estão dizendo que vão parar, um número pouco representativo diante do total das escolas. ‘São apenas algumas escolas dominadas por esquerdopatas que só querem o pior para o país'”, diz a nota. O presidente ainda orientou que as escolas particulares descontassem em folha o dia parado.

Belo Horizonte
Em BH, estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet) se concentram na Avenida Amazonas, no bairro Nova Suíça. Cerca de 100 jovens protestam. Entre as faixas: “Luto pela Educação” e “A aula hoje é na rua”.

Paraná
Em Curitiba, as aulas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) também foram suspenças. Os protestos começaram por volta das 10h, na praça Santos Andrade.

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Maranhão
Na região Nordeste do país, estudantes, professores e sindicalistas bloquearam o portão de acesso à Universidade Federal do Maranhão. “Educação não é mercadoria”, diz um dos cartazes. O movimento conta com a participação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Zé Doca (Sindsep).

Pernambuco
Houve paralisação de professores da Universidade Federal de Pernambuco, na Zona Oeste do Recife. Eles ainda atenderam a população gratuitamente como forma de conscientizar sobre a importância do serviço prestado.

Rio Grande do Norte
No Rio Grande do Norte, mais de 50 pessoas participam da paralisação. Eles estão em frente ao Instituto Federal. O movimento conta com participação especial da governadora do estado, Fátima Bezerra (PT).

Bahia
Na capital baiana, escolas públicas e particulares amanheceram sem aula. Estudantes e professores fizeram protesto no centro da Salvador, em Campo Grande. O Partido Socialismo e Liberdade (PSol) estima que mais de 10 mil pessoas protestaram na cidade.

Cortes na educação
No último dia de abril, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que cortaria 30% dos recursos de universidades que promovessem “balbúrdia” nos campi. Três universidades foram enquadradas nesse requisito pelo chefe da pasta: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA). Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, estava sob avaliação.

No mesmo dia, a UnB confirmou o bloqueio de 30% anunciado pelo ministério. A instituição disse não ter sido comunicada anteriormente de nenhum corte e contestou a declaração de Weintraub de não promover bagunça. “Como toda universidade, é palco para o debate livre, crítico, organizado por sua comunidade, com tolerância e respeito à diversidade e à pluralidade.”

Convidado para participar de uma transmissão semanal via Facebook do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Weintraub tentou explicar como seriam realizados os bloqueios e reforçou que, na verdade, não foram feitos “cortes”, mas um “contingenciamento”. “Não está cortado. Deixa para comer depois de setembro”, disse na ocasião, ao usar chocolates para explicar o orçamento das instituições.

Assim, de acordo com o ministro, o bloqueio é de 24,84% das despesas discricionárias, que incluem gastos como contas de água, luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas. O valor total contingenciado, considerando todas as universidades, é de R$ 1,7 bilhões, ou 3,43% do orçamento completo — incluindo despesas obrigatórias.

Fonte: Metropoles

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