Centrais reforçam resistência unitária e farão atos em defesa da Previdência
08 Nov
Dirigentes reunidos no Dieese definiram ações em defesa da aposentadoria pública |
Sete Centrais Sindicais aprovaram proposta de intensificar a luta em defesa da Seguridade Social e contra os ataques à Previdência, que voltaram à pauta na conjuntura pós-eleitoral. A decisão foi adotada durante reunião quinta (1º), em São Paulo, no Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
A deliberação reforça posicionamento unitário anterior, explicitado principalmente na Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora, lançado em junho.
O encontro das Centrais, o primeiro após as eleições, foi estimulado por recorrentes declarações de Jair Bolsonaro (PSL) e integrantes de sua equipe, no sentido de que o Congresso Nacional aprove ainda este ano o projeto reformista neoliberal apresentado por Michel Temer.
Participaram CUT, Força Sindical, Nova Central, CTB, CSB, Intersindical e CSP-Conlutas. O encontro produziu documento sintético, com cinco pontos que orientam a resistência. Dia 12, as Centrais realizarão Seminário sobre Previdência, a fim de indicar os pontos que o movimento considera importante defender ante eventual retomada da reforma.
Miguel – A Agência Sindical cobriu a reunião. Miguel Torres, presidente da Força Sindical, chamou atenção para a importância da união das direções e bases sindicais. “Só a unidade vai nos dar forças pra fazer frente a esse e a outros ataques do novo governo, que estão por vir”, afirma.
CUT – Na opinião de Sérgio Nobre, secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores, “pra resistir é preciso haver preparo”. Para tanto, ele acredita que a plenária do dia 12, também no Dieese, definirá os pontos básicos da luta e as formas de mobilizar as bases trabalhadoras.
CSB – Na avaliação de Alvaro Egea, secretário-geral da Central dos Sindicatos Brasileiros, “a defesa da aposentaria pública é bandeira histórica da classe trabalhadora”. Ele critica o açodamento sinalizado por Bolsonaro quanto à votação da reforma.
CTB – “É hora de fortalecer a unidade sindical. Bolsonaro quer aprofundar a agenda golpista imposta pelo governo ilegítimo de Temer. Os dois compartilham objetivos semelhantes em relação à Previdência e querem o fim do sistema público de aposentadorias”, afirma o presidente da Central, Adilson Araújo.
Mais – A Agência publicará mais detalhes e falas ocorridas durante a reunião no Dieese. Acompanhe em nosso site e redes sociais. leia o documento.
São Paulo, 1º de novembro de 2018 Reunidas hoje, 1º de novembro, na sede do DIEESE, em São Paulo, as Centrais Sindicais CSB, CSP/Conlutas, CTB, CUT, Força Sindical, Intersindical e Nova Central decidiram: - Intensificar a luta contra a proposta da reforma da Previdência Social, divulgada recentemente pelos meios de comunicação; - Organizar o movimento sindical e os segmentos sociais para esclarecer e alertar a sociedade sobre a proposta de fim da aposentadoria; - Realizar um seminário, em 12 de novembro, para iniciar a organização da campanha nacional sobre a Previdência que queremos; - Retomar a luta por uma Previdência Social pública, universal, que acabe com os privilégios e amplie a proteção social e os direitos.
Fonte: Agência Sindical