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Vigilantes da Bahia cruzam os braços contra intransigência patronal

25 Mai

Aprovada no dia 18 e iniciada nesta quarta-feira (24), a greve dos vigilantes da Bahia paralisou bancos e universidades, além da ter a adesão de vigilantes de outros setores. Na capital e interior, a reivindicação é a mesma: reajuste salarial de 15% - negado pelos patrões ao longo das oito rodadas de negociação.

Quase 100% das unidades localizadas no centro da capital baiana, no bairro do Comércio e na região da Avenida Tancredo Neves estão com as atividades suspensas. Uma das únicas agências que abriram no primeiro dia de paralisação foi a do Bradesco da Avenida Sete de Setembro.

No bairro do Garcia, agências bancárias estavam sem funcionar ou operando parcialmente. Em uma unidade do Bradesco, uma funcionária informou que nenhum serviço envolvendo transação com dinheiro estava funcionamento. Uma agência do Itaú do local também estava sem operar.

No interior, as agências bancárias das cidades de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, na região oeste, não abriram nesta quarta-feira. Os clientes que procuraram as unidades só encontraram os caixas eletrônicos funcionando. Em Feira de Santana, a 100 km da capital baiana, os atendimentos bancários também foram suspensos. Apenas os caixas eletrônicos funcionaram.

Impasse

                Após oito rodadas de negociações lutando contra o desrespeito do patrões, que queria reajuste de apenas 1% para a categoria, o Sindicato dos Vigilantes da Bahia (Sindvigilantes-BA) convocou os vigilantes para uma assembleia na quinta-feira (18) da semana passada, quando  foi aprovada a greve por tempo indeterminado.

                Segundo p residente do Sindvigilantes-BA e da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura, a categoria continuará de braços cruzados até que o impasse seja resolvido. “Tentamos de todas as formas conversar com os patrões, mas não houve acordo. Não vamos abrir mão da valorização da categoria, por isso continuaremos com o movimento por tempo indeterminado”, afirmou.

                A greve conta ainda com o apoio de outras categorias, como os bancários. O Sindicato dos Bancários da Bahia já notificou o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho, Polícia Militar e Polícia Federal. Isso porque as agências bancárias não podem abrir sem a presença de vigilantes.

"Sem segurança, as agências não podem abrir. O Sindicato dos Bancários fez as notificações para que fiscalizem se alguma agência bancária da Bahia está aberta sem a presença de vigilantes, o que contraria normas de segurança para funcionamento das unidades", destacou o presidente da entidade, Augusto Vasconcelos.

"Em algumas agências, os funcionários chegaram, viram a presença dos vigilantes e houve abertura normal. No entanto, depois da paralisação dos vigilantes, as unidades foram fechadas. Outras, nem chegaram a abrir hoje. Outras, mesmo com a greve, continuaram funcionando por descumprimento, colocando em risco a segurança de funcionários e clientes. Estamos denunciando essas agências", destacou Vasconcelos.

Protesto

Em Salvador, houve manifestação de vigilantes pela manhã no bairro de Nazaré. Os manifestantes fecharam a via na Joana Angélica, sentido Campo da Pólvora, e o trânsito ficou congestionado na região, conforme informações da Superintedência de Trânsito de Salvador (Transalvador).

De acordo com Jefferson Fernandes, secretário de Comunicação do sindicato, o grupo caminhou em direção às agências bancárias do Centro. "Estamos tirando os vigilantes dos bancos para que eles se juntem a nós", disse.

"Tem 120 dias que o sindicato tenta negociar e não temos um acordo. Eles [os patrões] querem dar o reajuste de 1%. Nós reduzimos nosso pedido para 7% e ainda assim não houve acerto. Cumprimos todos os requisitos que a lei pede para a deflagração da greve e hoje estamos aqui, parando as atividades", explicou Jefferson. Segundo ele, a categoria parou em diversas partes do estado, como Itaberaba, Itabuna, Bom Jesus da Lapa, Feira de Santanda e Eunápolis.

Fonte: CNTV com informações do G1

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