Desde o fim do ano passado, o Instituto de Criminalística separa, em um banco de perfil genético, material biológico e impressões digitais coletados especificamente nos locais de explosões e assaltos a bancos e carros-forte. O material serve para indicar a autoria da investida e comparar se essa quadrilha, por exemplo, é a mesma que agiu em outras ocasiões em Pernambuco e no restante do país. A gestora de Polícia Científica, Sandra Santos, disse que a análise do material coletado no Cabo deverá durar dez dias, mas, se necessário, a depender da complexidade dos exames, o prazo será estendido. Junto a um dos corpos, a perícia encontrou um pó branco. O material também será analisado para comprovar se é entorpecente.

Os três suspeitos sobreviventes serão indiciados pelos crimes de organização criminosa, roubo qualificado, uso de arma de fogo, restrição de liberdade, tentativa de homicídio e dano ao patrimônio público. Para cada um dos envolvidos a pena pode chegar a até 68 anos de prisão e dobrada porque o alvo do roubo foram duas agências. Durante depoimento dos presos, a polícia descobriu que dois informaram nomes falsos.

Na caso da Brinks, na Estância, Zona Oeste do Recife, a perícia também coletou material para análise em um galpão desocupado há pelo menos seis meses, na Rua Doutor Gustavo Pinto, no bairro de Jardim São Paulo. O espaço, usado pela quadrilha, tinha mapa de ação, máscaras de gás, maçarico, munição, rádio comunicador, fardas do Exército, água, coturnos, carregadores de celular, ferramentas e um spray preto usado pelos bandidos para camuflar um dos carros usados no crime. Uma outra investida de grande porte aconteceu no último dia 3 de fevereiro, quando bandidos promoveram uma onda de explosões em Porto de Galinhas, Ipojuca.

Fonte: Diário de Pernambuco