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‘Políticos donos de empresas de segurança tentam aprovar PL em benefício próprio’

02 Mar

‘Políticos donos de empresas de segurança tentam aprovar PL em benefício próprio’

O Projeto de Lei (PL) 4.238/12, conhecido como Estatuto da Segurança Privada, em tramitação no Senado, recebeu emendas de parlamentares, donos de empresas de vigilância envolvidas na crise em presídios do Amazonas e Ceará, para benefício próprio. É a denúncia de José Boaventura Santos, presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes e membro do Comitê Diretivo da UNI, em entrevista à Rádio Brasil Atual.

 

“Esses políticos vendem prestação de serviço de forma muito precária e querem estabelecer regras para facilitar esse tipo de atuação”, afirma o sindicalista.

Boaventura também contesta o texto atual do projeto, que recebeu diversas emendas e perdeu a principal característica que tinha ao ser apresentado. “O PL, que no início estabelecia o piso salarial nacional para os vigilantes, foi desconfigurado e recebeu emendas extremamente prejudiciais aos trabalhadores e à sociedade”, afirma.

 

Leia trecho da entrevista:

O projeto de lei não era para proteger a categoria apenas?

O PL só tinha o objetivo de estabelecer um piso nacional para os vigilantes, em 2010. Aprovado no Senado, a peça chegou na Câmara e os deputados aproveitaram para fazer um substitutivo, então desconfiguraram o projeto.

O que você acha das modificações?

Elas têm aspectos necessários, como a legalização da segurança privada em eventos e criar outras atuações para o vigilante. Entretanto, parlamentares aproveitaram para apresentar algumas emendas que são prejudiciais aos trabalhadores e à sociedade.

No lado negativo aos trabalhadores, por exemplo, eles mexem na lei de greve, alteram o intervalo entre as jornadas de trabalho. Para a sociedade, há prejuízo ao dizer que, em cidades com menos de 500 mil habitantes, não são necessários alguns equipamentos de segurança bancária, como se não houvesse violência em todos os lugares.

O fundamental também para a gente é que a Polícia Federal reforça o seu papel de fiscalizadora e controladora desse mercado, não só para autorizar empresas como também registrar vigilantes.

Existe a informação de que há um lobby para formar um mercado para empresas (de segurança privada) ligadas a parlamentares. O que você sabe sobre isso?

No final do ano passadoPREVIDÊNCIA SOCIAL, houve uma atuação muito forte de setores ligados à parlamentares no sentido de fazer emendas ligadas ao projeto. São setores que sabemos que estão envolvidos em presídios, que usam as práticas de vender serviços em situação precária.  O objetivo desses setores é criar regras para facilitar esse tipo de atuação.

É estranho o projeto que era sobre o piso se transformar nisso que virou?

É uma pena. A sociedade nem sempre é respondida à altura pelos nossos legisladores. Essa lei era precisa para antes da Copa do Mundo, passou até as Olimpíadas e nada.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

2 comentários para "‘Políticos donos de empresas de segurança tentam aprovar PL em benefício próprio’"
  1. user
    12 de Maio de 2017 �s 18:45:48

    boa noite companheiro diretores da Confederação Nacional dos Vigilantes em especial o Sr. Jose Boaventura um companheiro que eu considero como um legitimo representante dos vigilantes do Brasil, eu vim arável dessa mensagem informar um foto inusitado , você sabe que eu fui representante desta categoria aqui no Tocantins pelo tempo que estive nesta entidade obtive direito do FGTS que por motivo que nós sabemos passou a ser conta inativa diante disto eu estive no nosso Sindicato para que o Presidente liberasse a minha conta para o saque mas ele não estava lá, mas eu falei com o Sr. Diolindo Pinto da Cruz pedir para ele falar com O Sr. Antônio Gonçalves da Costa , e fiquei surpreso quando Diolino me disse que o presidente simplesmente disse que não liberaria , eu estou passando essa mensagem sò para vocês parabenizar esse verdadeiro representante dos trabalhadores do Tocantins em especial os Vigilantes ,

  2. user
    27 de Abril de 2017 �s 00:39:04

    Vigilância e Segurança são e têm significados diferentes. Vigiar para evitar, e em casos de ação criminosa ou atitude suspeita, acionar o poder de segurança pública exercido, de forma privativa, pelos órgãos policiais. A Defesa Nacional (antiga Segurança Nacional) e a Segurança Pública (Interna), "são atividades tipicas, exclusivas e próprias de Estado". Podemos perceber que, o Estatuto da Segurança Privada, ou melhor dizendo, "Estatuto das Empresas Particulares Prestadoras de Serviços de Vigilância Privativa", objetiva assegurar o monopólio para essas empresas e o início da privatização da segurança pública. Por isso, essas empresas são contrárias ao PL que dispõe da regulamentação da profissão de Técnico de Segurança Patrimonial cuja reformulação do texto pode alcançar diplomados em cursos de formação a nível de 1º grau (Técnico básico), Técnico Médio e Técnico Superior. Assim, PLs que tratem de evolução, melhoria e qualificação profissional, são neutralizados pelas entidades dos empresários de empresas particulares prestadoras de vigilância privativa. Pois, certamente, teria reflexos sobre as CCT - Convenções Coletivas de Trabalho. Todas as profissões devem evoluir, assim essa CNTV poderia verificar o PL e lutar pela reformulação, aprovação e sanção, e sobretudo, congregar também trabalhadores diplomados em cursos de nível técnico e superior na área de segurança patrimonial, pessoal e social.

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