Não teve consenso sobre a função de horista que as empresas G4S e Protege estão implantando nos bancos Itaú e Bradesco. O Sindicato dos Vigilantes de Niterói (SVNIT) participou de audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT) nesta quinta-feira (15) para debater sobre o assunto e, diante da falta de vontade das empresas e bancos em negociar, o MPT declarou extinta a negociação.

                 O MPT também determinou o arquivamento dos autos eletronicamente. O Procurador que conduziu a audiência distribuiu cópias dos autos para apurar e analisar as irregularidades denunciadas pelo SVNIT sobre os vigilantes que estão fazendo mais de cinco horas de serviço sem direito aos 15 minutos de descanso conforme determina o artigo 71 § 1º da CLT, que prevê o descanso para jornadas que não excedam seis horas e ultrapassem quatro.

                O Sindicato solicitou cópias das folhas de ponto dos vigilantes horistas e dos efetivos para provar que alguns terminam o almoço às 16 horas e outros ultrapassando a carga horária que a empresa diz ser de cinco horas por dia, “o que é totalmente ilegal”, avaliou o presidente da entidade e secretário Geral da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), Cláudio José.

Santander também causa problemas

                O SVNIT também denunciou o Santander e as empresas Transvip e Sunset por obrigarem os vigilantes a almoçar às 9h ou às 16h. O MPT analisará as denuncias e agendar nova audiência com os envolvidos.

                “O Sindicato tem buscado incansavelmente defender os interesses coletivos da categoria na nossa base territorial sempre que alguma empresa ou órgão tenta prejudicar algum trabalhador. Estamos prontos para assumir a briga em nome dos companheiros para preservar o nome e o emprego de cada um”, afirmou Cláudio.