Há 17 dias um grupo de vigilantes está acampado em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Espírito Santo pedindo o fim da intervenção e a realização imediata de eleição para a diretoria do Sindicato dos Vigilantes. A entidade está sendo comandada por interventor designado pela justiça há dois anos e sete meses e sem previsão de quanto tempo ainda deve durar.

                Em 2013, após eleição da entidade, a justiça do trabalho cancelou o pleito por descobrir inúmeras irregularidades, como falsificação de carteirinhas para garantir número de votos. O grupo incluía o tesoureiro, um secretário e Alvarenga, que segundo um dos manifestantes, já vinha se apoderando do sindicato desde a eleição ocorrida em 2008.

                Para ter direito a concorrer à nova eleição, Alvarenga entrou com mandado de segurança, mas foi impugnado pela juíza do TRT e pelo Ministério Público (MP). Como o tesoureiro, envolvido nas irregularidades, não havia sido citado, o MP deu início à convocação. O prazo para que ele se apresente está prestes a ser encerrado, quando finalmente o mandado de segurança poderá entrar em pauta para ser julgado.

                “A categoria está sofrendo, pais e mães de família estão perdendo emprego e o interventor não resolve esse tipo de problema, apenas administrativos”, queixou-se o vigilante Serafim Gerson, que também está acampado em frente ao TRT.

                O secretário Geral da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), Cláudio José, afirmou que a entidade está acompanhando o desenrolar de todos os acontecimentos e participará, na próxima semana, de uma reunião com os vigilantes do Espírito Santo para fazer uma avaliação do que ocorreu até agora.

                “Estamos apoiando tanto a questão da campanha salarial quanto a organização de eleição o mais rápido possível. A categoria precisa com urgência de uma direção”, completou Cláudio.