Foi instalado nesta quinta-feira (22) o Grupo de Trabalho (GT) para debater Monitoramento Eletrônico. A primeira reunião reuniu representantes da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), da Federação Nacional das Empresas de Segurança Privada e Transporte de Valores (Fenavist), da Associação Brasileira de Empresas de Vigilância e Segurança (Abrevis) e da Associação Brasileira de Cursos de Formação e Aperfeiçoamento de Vigilantes (ABCFAV) na sede da CNTV e estabeleceu uma agenda para guiar os trabalhos do GT.

                Criado por orientação da Polícia Federal (PF), o grupo é coordenado pelo secretário de Assuntos Jurídicos da CNTV e presidente do Sindicato dos Vigilantes de Barueri, Amaro Pereira. Para ele, esta é uma oportunidade para construir o segmento de monitoramento, ainda novo na segurança privada. “A nova redação do Estatuto da Segurança Privada traz estes profissionais para a legalidade e nos deixa a responsabilidade de aprofundar o debate sobre o assunto para garantir a segurança que estes trabalhadores devem ter”, avaliou.

                Apesar do crescimento exponencial enfrentado nos últimos anos, o setor do monitoramento eletrônico ainda é desorganizado e há problemas sérios para os profissionais, como a jornada de trabalho, por exemplo.

                Para a diretora de Assuntos de Segurança Eletrônica da Fenavist, Eliete Silva, o momento é significativo para o segmento, pois algumas empresas são despreparadas. “Não possuem nenhuma formação, nenhum conhecimento”, afirmou. “A PF abriu essa oportunidade de nos posicionarmos e, nas próximas reuniões, vamos entrar nos temas mais polêmicos, nas dificuldades que as empresas tem enfrentado no desenvolvimento deste serviço”, completou.

                Bancários inseridos no debate

                Representando a Contraf-CUT, Raimundo Dantas assegurou que a segurança eletrônica tem estado presente em todas as mesas permanentes de negociações com os bancos. Segundo ele, os banqueiros vem tentando, durante a greve dos bancários, deixar de lado o tema de segurança.

                “Já deixamos claro que isso não vai acontecer. Já vínhamos de uma discussão sobre esse tema nas agências de negócios, por exemplo. Segurança eletrônica precisa estar presente em todos os debates e os patrões não podem se calar diante dessa nova realidade”, assegurou.

                Nova reunião do GT está marcada para o dia seis de novembro.