Vigilantes de Goiânia rejeitam contraproposta patronal e sinalizam aprovar greve em assembleia futura
06 Out
A proposta dos patrões encaminhada em audiência realizada no Ministério Público do Trabalho (MPT) foi rejeitada pelos vigilantes de Goiânia em assembleia realizada neste domingo (4). Os trabalhadores não aceitaram a proposta de reajuste apresentada e também recusaram por unanimidade a intenção dos empresários de fechar o acordo deixando itens importantes para serem debatidos posteriormente.
Os trabalhadores encaminharam nova proposta aos patrões pedindo reajuste salarial referente ao INPC mais 2,5%; tíquete alimentação de R$ 20; não parcelamento de salário; inclusão de cláusula de sucessão (garantia de emprego); e continuidade da negociação da pauta para 2016. Os vigilantes também aprovaram o caráter permanente da assembleia e ratificaram os nomes dos trabalhadores da base eleitos em assembleias anteriores para integrarem a comissão de negociação.
Nova reunião no MPT deve ser realizada em breve. Depois disso, os vigilantes devem participar de mais uma assembleia, quando decidirão sobre uma possível greve.
Para o presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura, é necessário destacar a disposição dos trabalhadores em rejeitar as posições do patronato que tentam impor prejuízos. Também ficaram claras a mobilização e o ambiente de plena participação de toda a categoria.
“Por mais que tenhamos um ambiente de disputa nas eleições do sindicato acontecendo paralelamente à questão da negociação coletiva, as deliberações das assembleias têm sido unânimes, demonstrando a unidade que, de fato, deve prevalecer, e que está acima de outras disputas. Tem ficado claro que o principal embate é contra o patronato, demonstrando um grau de maturidade da categoria e, ao mesmo tempo, isolamento daqueles que tentam fazer o jogo dos patrões nessas oportunidades, sempre investindo nas provocações”, avaliou Boaventura.
Fonte: CNTV