A Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) já vem alertando à categoria sobre a tentativa dos patrões de usar o fim jornada 12x36 como instrumento de chantagem. Diversas denúncias já foram feitas e os sindicatos e federações de luta, de fato comprometidos com os trabalhadores, também estão denunciando. Nesta sexta-feira, trabalhadores saíram às ruas em todo o país para alertar e repetir que não vão ceder às manobras dos empresários. Veja abaixo um pouco de como foi o Dia Nacional de Luta. Acompanhe, no Boletim Eletrônico de segunda-feira (31) a cobertura completa da ação, promovida pela CNTV e suas entidades filiadas.

Rio Grande do Norte

Em frente à Brink’s, os vigilantes de carro-forte do Rio Grande do Norte, com apoio da CNTV e do Sindforte-RN, reafirmaram que não vão aceitar chantagem. “Não aceitaremos qualquer tipo de chantagem dos patrões que querem usar como moeda de troca o fim desta escala, tentando colocar o terror nos trabalhadores para desistirmos de continuar brigando pelo piso Nacional de R$ 3 MIL para o vigilante”, assegurou o presidente do Sindforte-RN, Tertuliano Santiago.

Alagoas

                Na porta de uma agência do Banco do Brasil de Maceió, os vigilantes de Alagoas mandaram seu recado aos patrões e deixaram claro que vão continuar denunciando chantagens patronais. O presidente do Sindicato dos Vigilantes de Alagoas, Cícero Ferreira, assegurou que “a luta vai continuar, não vamos desistir nem abrir mão de um direito que conquistamos”.

Amazonas

                Os vigilantes de Manaus partiram para a porta da Superintendência Regional do Trabalho e, juntamente com o Sindicato dos Vigilantes do Amazonas, rechaçaram as manobras patronais. Foi também o momento de cobrar do Ministério do Trabalho e Emprego a alteração da Classificação Brasileira de Ocupações, que trata vigilante e agente de portaria de forma semelhante. “Os vigilantes estão perdendo o emprego para os agentes de portaria não só no Amazonas, mas no Brasil inteiro”, disse o presidente da entidade, Valderli Bernardo.

Pernambuco

                Os vigilantes de Pernambuco também estão com a CNTV no Dia Nacional de Lutas. Com apoio do Sindesv-PE, Fives e CNTV, os trabalhadores deixaram claro que não aceitam o fim da 12x36. O ato ocorreu na Praça da Independência, no centro de Recife, e com apresentação artística, denunciou os abusos dos empresários e defenderam a união da categoria. “Vigilante de verdade não abre mão da escala 12x36!” afirmou o presidente do Sindesv-PE, José Cassiano de Souza.

                Em Petrolina, no sertão pernambucano, os vigilantes defenderam a jornada 12x36 e cobraram o pagamento dos salários atrasados dos trabalhadores da empresa Mandacaru, que presta serviço para as secretarias de Pernambuco. Segundo o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrolina, Cláudio Marques, a alteração na jornada é prejudicial aos trabalhadores. “O prejuízo vai acarretar em intrajornada, além de diminuir o adicional noturno, o que acaba sendo prejuízo”, alertou.

Bahia

                Vigilantes de Salvador partiram para o estacionamento do Centro Empresarial Iguatemi. Com um apitaço convocado pela CNTV, pelo Sindicato dos Vigilantes da Bahia e pelo Sindmetropolitano, os trabalhadores denunciaram o que os patrões estão tentando fazer. “A jornada 12x36 para nós é liberdade, é o direito da gente fazer da nossa vida o que bem quiser, e liberdade não se negocia”, afirmou o presidente das entidades, José Boaventura.

Maranhão

                Em São Luís do Maranhão os vigilantes de reuniram em frente à Biblioteca Pública Benedito Leite e condenaram a tentativa dos patrões de mexer nos direitos dos trabalhadores. “O que estão tentando fazer é uma afronta aos nossos direitos e um desrespeito aos trabalhadores. Chantagem não tem vez com os vigilantes. Não vamos ceder às negociatas dos empresários”, afirmou o diretor do Sindicato dos Vigilantes do Maranhão, Daniel Pavão.

Atos dos sindicatos do Rio de Janeiro, São Paulo e outros Estados, que não haviam ocorrido até o fechamento da edição, estarão no boletim eletrônico de segunda-feira. Continue acompanhando a mobilização dos trabalhadores contra as chantagens dos patrões.