É comum na área de vigilância privada a prática de uma jornada de 12 horas de trabalho ininterruptas versus 36 horas de descanso, presente na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria. Esta condição de trabalho é acertada através de um acordo firmado entre o contratante e o contratado e pode ser prejudicial ao profissional em alguns aspectos.

Entre os pontos negativos, destacam-se os riscos à saúde física e mental do profissional, já que a duração do trabalho diário excede o tempo permitido na legislação brasileira de 8 horas; exclusão de folgas nos feriados e direito à remuneração em dobro nestes períodos; possibilidade de acidentes de trabalho devido ao cansaço, entre outros.

“Hoje, esta jornada é praticada por grande parte dos trabalhadores, sem nenhuma proteção na Convenção Coletiva de Trabalho, ou seja, o que era para ser vantajoso virou um tormento para toda categoria”, afirma o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Barueri, Amaro Pereira.

Amaro Pereira também ressalta que esse modelo de jornada pode prejudicar os trabalhadores que possuem mais de um emprego. “O trabalhador não está protegido já que, muitas vezes, ele precisa trabalhar em duas empresas para complementar a renda mensal. Uma mudança de escala, por exemplo, pode resultar na perda de um dos empregos. É importante a regulamentação urgente dessa jornada”, ressalta Amaro Pereira.

Reunião do Sindicato discute a jornada

Em última reunião com os trabalhadores (30/5), a diretoria do Sindicato debateu o assunto, quando foram indicados critérios e sugestões para melhorar as condições dessa jornada especial ao trabalhador, através da implantação de escala fixa, direito a mais folgas e feriados, entre outras ações.