No final do último ano, o Sindicato dos Vigilantes de Barueri avaliou negativamente os resultados do acordo coletivo referente à Campanha Salarial 2015 negociada com o sindicato patronal Sesvesp (Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Segurança Eletrônica e Cursos de Formação do Estado de São Paulo).

Segundo o Sindicato, o valor da cesta básica (R$ 111), por exemplo, está aquém do ideal. Segundo recente cálculo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o auxílio aumentou em 17 capitais do país em 2014. Em dezembro, o mesmo do Estado de São Paulo atingiu o valor mais elevado, de R$ 354,19. 

“Aprovamos, durante assembleia, uma cesta básica de R$ 345,42, considerando dados do Dieese e, também, o impacto da inflação que interfere anualmente nos nossos ganhos reais e acaba prejudicando os trabalhadores. Apesar de tudo, perdemos na negociação final com o patronal e, com isso, não conseguimos um valor satisfatório”, afirma o presidente do Sindicato, Amaro Pereira.

O reajuste salarial de 6,33%, de acordo com o INPC do IBGE acumulado nos últimos 12 meses, também não agradou o Sindicato. “Tendo em vista que o salário mínimo ideal deveria ser de pelo menos R$ 2.975,55, conforme última avaliação do Dieese, esse percentual de aumento resulta em um piso de cerca de R$ 1.218,15 para a categoria, que não supre as necessidades mínimas diárias de um trabalhador, como moradia e saúde”, ressalta Amaro.

O presidente ainda ressalta a importância da participação dos vigilantes nas assembleias e atos em geral neste ano para a conquista dos interesses da categoria. “Precisamos nos unir fortemente na luta por ganhos justos para os profissionais de vigilância privada, através da contribuição de todos nas análises de propostas e planejamento de ações eficientes para uma Campanha Salarial vitoriosa”, conclui.