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Vigilante envolvido em caso de racismo em Blumenau recebe R$ 30 mil por danos morais

05 Ago

Um ex-funcionário que trabalhava na vigilância da Furb e acusou alguns alunos de racismo ganhou um processo por danos morais no valor de R$ 30 mil. Ele alegou que foi demitido da empresa que presta serviços para a universidade, a Brasil Sul, depois de denunciar esse caso.

O juiz José Lúcio Munhoz, da 3ª Vara do Trabalho em Blumenau, entendeu que tanto a Furb quanto a Brasil Sul não cometeram racismo, mas erraram na forma de abordar a situação e designou a sentença para "compensar o constrangimento sofrido". O resultado foi proferido no dia 25 de julho.

O caso aconteceu em 2012, quando Lourenço de Oliveira trabalhava em uma das guaritas como vigilante. Na época, ele reclamou que alguns estudantes do curso de Engenharia Civil riram dele, imitando sons de macaco. O professor dos alunos foi alertado e pediu que os mesmos se desculpassem, o que acabou acontecendo.

Na sentença, o juiz diz que a Furb teria pedido à Brasil Sul que afastasse o vigilante, alegando que ele teria ameaçado os alunos. "Não se afastou ou se demitiu o reclamante por racismo. Mas sim porque, no entendimento deste magistrado (após a oitiva de partes, testemunha e análise cuidadosa do caso), ele passou a ser uma peça que gerava 'incômodo' aos alunos, clientes da faculdade", diz um trecho da sentença. "Acredita-se que nem tenha sido de todo proposital tal comportamento por parte da instituição de ensino, mas é certo que ela deveria ter sido mais cuidadosa no trato do episódio", consta em outro trecho.

Advogado da Furb, Sidnei Bernardy, disse que a instituição vai recorrer do processo nos próximos dias.

Em nenhum momento a universidade pediu o afastamento ou a dispensa do funcionário. Tanto que ele saiu só quatro meses depois do caso que envolveu os alunos disse.

A reportagem tentou contato com a Brasil Sul, mas não encontrou os responsáveis pela empresa e nem o advogado que a representou no caso.

Fonte: O Sol

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