O ano de 2013 terminou com 193 ataques contra as agências bancárias. Em 2014, os índices seguem elevados com 30 ocorrências. O número é maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram contabilizadas 16 ações. Algo urgente deve ser feito e o Sindicato da Bahia não está parado. 

Nesta quarta-feira (12/02), o presidente da entidade, Euclides Fagundes, se reuniu com o secretário de Segurança Pública, Mauricio Barbosa, para discutir medidas contra os ataques. Entre as alternativas, a aprovação de um projeto de lei, de autoria do deputado Álvaro Gomes, que estabelece normas rigorosas de segurança nas agências. “O próximo passo é acionar os deputados para apressar a aprovação do PL”, conclui Euclides Fagundes. 

O secretário Maurício Barbosa ressaltou a necessidade de atuar em parceria com a entidade para também pressionar os bancos a investirem em equipamentos de vigilância. “Não adianta só pensarmos segurança com a polícia. Precisamos que as empresas adotem e ampliem os gastos na prevenção dos delitos”, declara. 

Os dados confirmam a necessidade de soluções urgentes. De acordo com a SSP, em 2013, foram apreendidos 102 armamentos e 495 explosivos. No total, 184 pessoas foram presas, 27 morreram por resistência à prisão e 21 quadrilhas desarticuladas. 

Para o presidente do Sindicato dos Vigilantes, José Boaventura, presente na reunião, o diálogo com o governo é importante, pois mostra o interesse da administração com a vida. “Os registros não são confortáveis para ninguém. Temos de ampliar as ações para obrigar os bancos fazerem o que lhes é cabido”. Também participaram da discussão o vice-presidente do SBBA, Augusto Vasconcelos, e o presidente da Federação da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza.

 

Fala CNTV

A Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos e a Pesquisa de Mortes em Assaltos Envolvendo Bancos, realizadas em parceria entre a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), e com colaboração de sindicatos de bancários e vigilantes de todo o país, têm trazido resultados muito positivos.

“Nos locais que já conseguimos aprovar leis com propostas como os biombos para dificultar o crime de saidinha de banco, a obrigação da porta de segurança, o aumento de vigilantes, entre outros, tem havido menos mortes. No caso da Bahia, a pesquisa lançada no mês passado mostrou que o Estado está entre os três primeiros em número de mortes. Não poderiam os sindicatos dos vigilantes e bancários da Bahia, a CNTV e a Contraf-CUT deixar de cobrar da Secretaria de Segurança Pública ações que deem conta da responsabilidade da vida das pessoas”, destacou José Boaventura, presidente da CNTV.