Os trabalhadores demitidos da Prosegur Paraguai realizaram na sexta-feira (30) um protesto e diversas reuniões em Assunção para reivindicar dos governantes mais atenção em relação a essa situação. A Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) foi representada pelo secretário Geral, João Soares, e o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Foz do Iguaçu, Carlos Alberto Ramos.

                Em reunião com a senadora Esprenza Martinez, do partido Participación ciudadana, os representantes da CNTV falaram sobre a preocupação da Confederação com a situação dos trabalhadores de segurança privada da Prosegur que foram demitidos há mais de um ano e, até agora, não foi adotada nenhuma medida por parte das autoridades paraguaias.  Também foi informado à senadora sobre a difícil situação em que esses trabalhadores se encontram, pois a empresa os colocou em uma “lista negra”, dificultando a recolocação no mercado de trabalho paraguaio. A CNTV também pediu intervenção neste caso.

                Também foi informada à senadora a intenção de criar uma central sindical de trabalhadores que representará os profissionais de segurança privada no Paraguai. Segundo a senadora, antes disso, é recomendável que se crie uma confederação conforme prevê as leis paraguaias.

                A senadora declarou apoio às reivindicações dos trabalhadores e se comprometeu a agendar uma reunião com os demais senadores e deputados do partido para, em conjunto com a CNTV, discutir o assunto e buscar soluções. Ela também pediu que a CNTV auxilie na formação de sindicalistas. A direção da entidade será consultada e em breve se manifestará sobre o assunto.

                João Soares destacou a importância do comprometimento das autoridades paraguaias neste caso e reiterou o compromisso da CNTV e Uni América na defesa dos trabalhadores. “É um problema muito sério e que tem sido enfrentado no mundo todo”, afirmou. “A Prosegur não respeita trabalhador, menos ainda dirigente sindical. Não respeita as leis dos países e é intransigente com o trabalhador”, denunciou.

                Soares acrescentou ainda que é uma empresa que deve ser combatida pelo movimento sindical do mundo todo por causa dos desmandos com os trabalhadores. “A CNTV e a UNI estão empenhadas nesta batalha. Estão de parabéns nesse trabalho de combater tantos abusos”, assegurou.

                Os companheiros paraguaios agradeceram o apoio da CNTV e da UNI América, que sempre estiveram presentes em todos os momentos de dificuldade.