Em 2013, 12 casos foram registrados contra 4 no mesmo período de 2012.
Sindicato reclama que empresas não pagam adicional de periculosidade.
Os casos em que vigilantes são feitos reféns durante a ação de bandidos cresceram 200% na região de Campinas (SP) e preocupa os trabalhadores do setor. Segundo o Sindicato dos Vigilantes de Campinas, entre janeiro e fevereiro deste ano foram registrados 12 ocorrências contra 4 do mesmo período de 2012.

Um funcionário do centro logístico em Campinas, que foi assaltado há 10 dias por uma quadrilha, relembrou os momentos de tensão. "É um negócio horrível ficar nas mãos dos bandidos dentro de uma salinha preso aproximadamente por quatro horas", disse o vigilante que não quis se identificar por medo de represálias.

O trabalhador, que está na área há 50 anos, conou que após o ocorrido não recebeu nenhuma auxilio psicológico e teve de voltar imediatamente ao trabalho. O presidente do sindicato, Geizo Araújo de Souza, condenou a prática. "Não foi feito nada para os vigilantes, pelo contrário, foi feita uma pressão de que eles teriam de ir para São P aulo prestar depoimentos. [Os vigilantes] retomaram as atividades e estão lá", criticou.

Periculosidade
Por causa do risco da profissão as empresas são obrigadas a pagar um adicional no salários de vigilantes. No estado de São Paulo os trabalhadores desse setor recebem 18% a mais sobre os vencimentos. Com uma nova lei, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em dezembro, esse índice passa a ser de 30%. O Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sesvesp), por sua vez, alega que a norma ainda precisa ser regulamentada para conceder o aumento do benefício.

“As empresas que são ligadas ao Sesvesp não efetuaram o pagamento. As que não são associadas fizeram. Tem que ser feito agora e eles alegam que precisa de regulamentação. Nós entendemos que não�, apontou Souza.