Está na legislação: agência bancária só abre com, no mínimo, dois vigilantes em cada unidade. Diante do não cumprimento da Lei 7.102/83, o Sindicato fechará a unidade para proteger a integridade de bancários e clientes.

E essa fiscalização será intensificada na sexta-feira 8, data em que os vigilantes de São Paulo prometem uma paralisação por conta do não recebimento dos 30% de adicional de periculosidade.

A secretária-geral do Sindicato Raquel Kacelnikas lembra que o Sindicato apoiou desde a luta para a aprovação do projeto de lei sobre o pagamento dos 30% até as mobilizações por melhores condições de trabalho, e que o as tarefas realizadas pelos vigilantes são essenciais para os bancários. “Sem segurança, unidade de nenhuma instituição financeira abrirá e cabe à Polícia Federal fiscalizar. Vamos assegurar que os bancários e os clientes estejam em segurança nesta sexta-feira e contamos com os trabalhadores para denunciar locais de trabalho que forem abertos de forma irregular�, alerta.

A mobilização dos vigilantes é nacional e alguns estados permanecem em greve. Diversas empresas em todo o país não estão cumprindo a Lei 12.740/2012, sancionada no início do ano pela presidenta Dilma Rousseff que obriga empresas com atividades ou operações consideradas perigosas ou que impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador, a pagar o adicional de risco de vida de 30%.

As empresas alegam que vão aguardar a regulamentação do Ministério do Trabalho e Emprego.

Na sexta-feira 1º foi realizado um dia de luta nacional da categoria defendendo o pagamento imediato do adicional. Com a mobilização, sindicatos de algumas regiões do país conquistaram avanços nas negociações.

Em São Paulo, a mobilização está sendo organizada pela Associação dos Vigilantes e Similares do Estado de São Paulo (APVSSESP). A concentração dos trabalhadores será às 7h30 da sexta-feira em frente à Câmara Municipal de São Paulo (Viaduto Jacareí, 100).