Grupo reivindica adicional de risco e periculosidade.
Paralisação deve ser discutida, agora, na Justiça do trabalho.
Em greve desde a última sexta-feira (1), os vigilantes das agências bancárias de Linhares, no Norte do Espírito Santo, seguem parados nesta quarta-feira (6). O grupo reivindica adicional de risco e periculosidade. Por conta da paralisação, não é possível sacar dinheiro em algumas agências da região. Quando chegam às instituições, clientes reclamam por não poderem realizar saques, transações e usufruir dos serviços bancários. Sem previsão para o fim, a greve deve ser decidida na Justiça do trabalho.

Ao chegar aos estabelecimentos, clientes encontram caixas eletrônicos bloqueados. "Acabei de vir à Caixa para ver se conseguia fazer um saque de pagamento e todos os caixas eletrônicos estão com um panfleto dizendo que não é possível fazer saque, não é possível fazer transação com cartão de crédito", relatou o cliente Almir Santos.

Em uma agência localizada no Centro de Linhares, vários clientes afirmaram ter perdido viagem ao ir ao local. "O dinheiro precisa cair na conta para ser descontado, mas não consegui fazer o depósito, então, vai ficar complicado. Agora, vou ter que esperar e pagar juros a mais", reclamou o operador de máquinas Claudimar Ferreira.

De acordo com o diretor do Sindivigilantes, Edmar Campos, a reivindicação é por um adicional de risco de vida em 30%. "O adicional é sancionado pela lei 12.740, votada no senado e a gente espera que as empresas do setor privado, do setor patronal cumpram o que foi determinado pela Justiça", disse.

O presidente do Sindesp afirmou que o sindicato patronal da categoria ofereceu aumento de 6% no salário e 16% no adicional de risco aos vigilantes, mas a categoria não aceitou. A negociação, agora, segue na Justiça do trabalho.