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Onda de assaltos preocupa empresas de segurança privada, em Goiás

04 Jan

Vigilantes denunciam a falta de condições de trabalho em Goiânia.
Nos últimos dois meses, foram registrados 11 roubos a vigilantes na capital.
A onda de assaltos está preocupando até mesmo empresas de segurança em Goiás. Na semana passada, dois vigias foram vítimas de criminosos no próprio posto de trabalho. Agora, vigilantes denunciam a falta de condições de trabalho. “Gera um medo geral na nossa classe de trabalhadores”, reclama o vigilante Paulo José da Silva.

Nos últimos dois meses, foram registrados 11 roubos a vigilantes, só em Goiânia. Quatro deles ficaram feridos. Um dos casos foi no Hospital das Clínicas, onde um segurança particular foi abordado por três pessoas.

No mesmo dia, uma empresa de Aparecida de Goiânia foi alvo do mesmo tipo de crime. Como a rua é movimentada, os criminosos não conseguiram levar o que queriam: a arma do vigilante.

“Ele [vigilante] chegou para pegar alguma coisa no carro, pois estava no horário de troca de plantão dele. Aí o rapaz chamou ele para conversar alguma coisa, quando os rapazes chegaram no carro e deram a voz de assalto”, conta o mecânico Hugo Moura, que presenciou o crime.

Frequência de assaltos
Só em Goiânia, atuam mais de 7 mil vigilantes. Segundo o sindicato que representa os trabalhadores, os roubos têm acontecido com maior frequência, mas não por falta de preparo, e sim por condições inadequadas de trabalho.

Um vigilante, que pediu para não ser identificado, denuncia que está trabalhando sem colete à prova de balas. “O colete, meu, está rasgado, não tem condição de uso. Então, é a mesma coisa de não ter”, reclama.

A onda de roubos deixou a polícia em alerta, já que as armas têm servido para a prática de outros crimes. As equipes estão sendo orientadas a patrulhar também regiões onde existem vigilantes particulares.

“Nossa estratégia é reunir com eles, através das empresas de segurança privada e orientá-los sobre não serem vítima fácil e, ao mesmo tempo, a denunciarem criminosos”, diz o subcomandante do policiamento da capital, tenente coronel Wesley Siqueira.

Preparo
Para o sindicado das empresas do setor de segurança, a arma de fogo deve ser evitada onde há grande movimentação de pessoas. Uma alternativa é o uso de armas não letais, como
a pistola de choque, sprays de pimenta e até a vigilância canina, que tornam o serviço cerca de 10% mais caro para quem contrata.

Mas seja com ou sem armas, é preciso investir cada vez mais em treinamentos. “As empresas, os vigilantes e as escolas de formação têm se preparado para prevenir o profissional desse tipo de tentativa dos bandidos”, diz o diretor do Sindicato das Empresas do Setor de Segurança Privada, Ivan Hermano Filho.

Segundo a Polícia Federal, que é responsável por fiscalizar as empresas de vigilância, até o momento nenhuma denúncia foi formalizada. E se houver desvio, a empresa pode ser multada ou até mesmo ser fechada.

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