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Suspeitos de matar PM em Salvador roubaram R$ 30 mil de vítima, diz SSP

14 Dez

Policial foi assassinado em saidinha bancária no bairro de Sussuarana.
Crime é investigado pela polícia, que prendeu três pessoas nesta quinta.
Foram roubados cerca de R$ 30 mil do policial militar Carlos Torres dos Santos, 40 anos, morto em uma "saidinha bancária" no bairro de Sussuarana, em Salvador, na tarde de quarta-feira (12), segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP). Três pessoas foram presas nesta quinta-feira (13) suspeitas de participação no crime e encaminhadas para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), unidade policial que investiga o caso. O soldado foi sepultado às 16h30, no Cemitério Campo Santo, no bairro da Federação.

Em um primeiro momento, a polícia indicou a ocorrência de tentativa de assalto, mas a apuração confirmou a consumação do roubo. A SSP-BA afirmou que uma pessoa esperava o soldado no carro, mas os criminosos o abordaram logo na saída da agência bancária. Não há informação até o momento acerca do uso que se daria ao dinheiro sacado, que é de ordem pessoal, informa a polícia.

Sobre as prisões, uma moradora do bairro de Sussuarana, que prefere não se identificar, relatou que é vizinha dos três homens que foram presos e aponta que não foram eles os responsáveis pela morte do PM. Segundo ela, um morador do bairro presenciou o crime e afirma que não viu o trio no local. "Não foram eles. Quem está acusando é sem saber, sem ter provas", disse.

Segundo a SSP, os suspeitos fazem parte de uma quadrilha responsável por assaltos a bancos na Bahia. A apresentação deles estava prevista para acontecer na sede da SSP na tarde desta quinta-feira, mas foi cancelada após a polícia receber informações sobre a localização de outros integrantes do grupo. Até às 18h, nenhum outro integrante havia sido detido.

Crime
O policial morreu após ser atingido por dois tiros na cabeça na tarde de quarta-feira (12) depois que deixou uma agência bancária no bairro de Susuarana. O soldado estava de folga quando o crime ocorreu. Ele havia saído de um banco e foi abordado por dois homens.

Segundo a polícia, após ser baleada, a vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. O PM trabalhava na 48ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), que fica no mesmo bairro onde o crime ocorreu. Ele estava há 16 anos na corporação.

Somente em 2012, 25 policiais foram assassinados na Bahia. Do total, três estavam em serviço e 22 foram mortos em dia de folga na ocasião do crime. As informações são da Polícia Militar.

Doação
As córneas do policial serão doadas por autorização da família. De acordo com o médico Eraldo Moura, coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, o PM já chegou sem vida ao Hospital Roberto Santos e, por isso, apenas as córneas, formadas por tecidos, foram aproveitadas após autorização de doação por parte da família da vítima.

Segundo Eraldo Moura, duas pessoas podem ser beneficiadas com a doação das córneas. Ele explica que os demais órgãos do PM não foram aproveitados porque não houve morte encefálica e sim uma parada cardíaca. "No momento que o coração para de enviar sangue aos órgãos, eles [os órgãos] param de funcionar. As córneas são tecidos que não dependem de irrigação sanguínea, elas são irrigadas pelo conteúdo do olho e podem ser aproveitadas até 12 horas depois da morte do doador", afirmou.

O coordenador do Sistema Estadual de Transplantes informou ainda que as córneas do PM foram encaminhadas para o banco de olhos do estado, onde serão feitos exames e avaliação da qualidade dos tecidos. Somente após esse procedimento, as córneas serão transplantadas. Ainda não há informações sobre beneficiados com a doação.


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