Eles alegam que seguranças foram demitidos após abandonarem malotes.
Família de chefe da equipe foi sequestrada na quinta-feira em Campinas.
Os funcionários da empresa de transporte de valores Protege fizeram uma paralisação na manhã desta segunda-feira (10) contra a demissão por justa causa de quatro funcionários que abandonaram malotes na Rodovia D.Pedro I, em Campinas (SP), após descobrirem que a família de um deles estava sendo sequestrada. O caso foi na quinta-feira (6). Segundo informações de um dos funcionários, que não quis se identificar, a paralisação contou com a participação de160 seguranças.

De acordo com o sindicato que representa a categoria, o movimento fez com que a empresa pagasse os direitos de três dos quatro funcionários demitidos. A família sequestrada era do chefe de equipe, que foi o único que não conseguiu ter os direitos recebidos nesta segunda-feira porque, para a empresa, ocorreu uma quebra de procedimento. O funcionário, que também não quis se identificar, afirmou que o protesto durou cerca de três horas, período em que se reuniu com o gerente regional da empresa.

O chefe de equipe de segurança vai entrar na Justiça para tentar reverter a demissão por justa causa. "A gente optou pela vida, eles optaram pelo dinheiro", disse um dos funcionários ouvidos pelo G1. Segundo o sindicato, uma nova reunião será realizada na tarde desta segunda-feira na sede da Protege em São Paulo (SP) para decidir a situação do chefe de equipe.

Em nota oficial, a empresa de transporte de valores afirmou que os quatro funcionários foram demitidos na semana passada por não cumprirem os procedimentos organizacionais. As demissões estão sendo discutidas com o sindicato e os funcionários de Campinas estão trabalhando normalmente, segundo a Protege.