Cancelar
Acesso CNTV

Após 14 horas, gerente feito refém tem explosivos retirados do corpo

28 Nov

Vítima chegou a almoçar com os vários explosivos espalhados pelo corpo.
Gerente foi sequestrado na noite de segunda-feira (26), em Caetité (BA).
Policiais da Companhia de Operações Especiais (COE), grupo da Polícia Militar, desmontaram os explosivos que estavam no corpo do gerente do Banco do Brasil de Caetité, no sudoeste da Bahia, por volta das 17h30 desta terça-feira (27), segundo informações de Fabiano Aurich, coordenador da Polícia Civil em Guanambi, cidade vizinha. Os explosivos, duas bananas de dinamite que estavam conectadas por um fio a um aparelho de celular, foram detonados pela equipe da COE logo após o gerente ser liberado, na cidade de Igaporã, afirmou o coordenador da Polícia Civil.

Em nota, a PM informou que, "segundo avaliação da COE, o artefato possuía duas bisnagas de emulsão gel (explosivo)", mas que foi verificada a ausência de espoleta, "o que proporciona a detonação do artefato."

De acordo com Aurich, a vítima, que tem 45 anos, ficou cerca de 14 horas com os explosivos presos no corpo. Ele não teve ferimentos, mas está em aparente estado de choque. Segundo a polícia, a vítima se manteve calma durante todo o dia, enquanto aguardava uma equipe especializada para realizar a ação sem riscos.

Segundo o coordenador da Polícia Civil em Guanambi, a PM foi acionada após o gerente deixar o banco com o dinheiro. Fabiano Aurich informou que a vítima chegou à agência no veículo dela, como se estivesse indo trabalhar normalmente, e pediu, escrevendo em um papel, que os funcionários entregassem o dinheiro para ele. "Ele estava com medo de estar sendo ouvido pelos criminosos e escreveu tudo que estava acontecendo em um papel. Ele também abriu a camisa e mostrou os explosivo aos colegas", afirmou.

O coordenador da Polícia Civil disse que os colegas do banco acompanharam toda a operação para liberar o gerente nesta terça-feira (27). A agência ficou fechada. O rapaz foi localizado pela polícia na BR-262, na proximidade da cidade de Igaporã, após populares avisarem. "Durante todo o dia ele se manteve calmo, nós, das Polícias Civil e Militar, monitoramos a situação, conversamos com ele o tempo todo. Trouxemos almoço, ele comeu [com os explosivos no corpo]", completou Fabiano Aurich.

De acordo com a polícia, ainda não há informações da quantia levada pelos bandidos, que teriam dito ao gerente que um outro grupo iria ao local onde ele foi encontrado para desarmar os explosivos. "Quatro pessoas pegaram ele depois que ele saiu do banco e colocaram um capuz na cabeça dele. Os marginais colocaram o explosivo nele por volta das 3h30 da manhã e o orientaram a pegar os valores [no banco] no início do expediente para depois levar a um local conhecido como Curva do Vento. Eles dissseram que um outro grupo iria ao local dersarmar os explosivos, mas ninguém esteve lá", disse Fabiano Aurich.

A polícia informou que a vítima é casada, tem filhos e que os familiares dela acompanharam a situação por telefone, porque moram em outra cidade. O rapaz foi levado pela polícia de volta para Caetité. O coordenador da Polícia Civil de Guanambi disse que acredita que não haverá necessidade da vítima ser hospitalizada. Até as 18h desta terça-feira, nenhum suspeito de participar da ação contra o gerente do Banco do Brasil em Caetité foi localizado.

O crime
O gerente do Banco do Brasil de Caetité foi sequestrado por homens armados na noite de segunda-feira (26). Segundo a polícia local, ele foi até a agência em que trabalha para retirar uma quantia em dinheiro, solicitada pelos criminosos, na manhã desta terça-feira (27).

Segundo Fabiano Aurich, a vítima foi localizada pela polícia nesta manhã com explosivos amarrados ao corpo na BR-262, trecho da cidade de Igaporã. De acordo com a Polícia Militar em Caetité, a vítima foi isolada em uma área sem sinal de celular, por orientação da COE, durante o tempo que esperou pela equipe de desarmamento.

Dados
Segundo dados do Sindicato dos Bancários, em 2012, foram registrados 147 ataques a banco e caixas eletrônicos na Bahia. O número já é 30% maior que o total registrado em 2011.

No total, foram 78 explosões ou arrombamentos de caixas eletrônicos, 48 assaltos a agências bancárias e 21tentativas frustradas. A maioria das ocorrências foi registrada no interior do estado.


0 comentários para "Após 14 horas, gerente feito refém tem explosivos retirados do corpo "
Deixar um novo comentário

Um valor � necess�rio.

Um valor � necess�rio.

Um valor � necess�rio.Mínimo de 70 caracteres, por favor, nos explique melhor.