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Suspeito de roubo à Protege é denunciado à Justiça pelo MP

05 Nov

Ministério Público de São Paulo ofereceu na terça-feira (30) denúncia à Justiça contra o único preso suspeito de integrar a quadrilha que invadiu e assaltou a empresa Protege, de transporte de valores. O roubo ocorreu na madrugada do último dia 14, na sede da empresa, em Santo Amaro, na Zona Sul da capital.

O promotor de Justiça Alexandre Mourão Tieri denunciou Marcelo Adelino de Moura, de 36 anos, à 4ª Vara Criminal Central por latrocínio tentado, formação de quadrilha armada e porte de armas e de munição de uso restrito.

Segundo o MP, o denunciado, três integrantes da quadrilha já falecidos e outras 15 pessoas não identificadas, mantinham no interior de um ônibus adaptado e com fundo falso armas de fogo, acessórios e munições de uso restrito, tais como fuzis, pistolas, colete balístico e carregadores específicos para cada tipo de arma.

O ônibus foi estacionado sobre uma boca de lobo em avenida próxima à empresa, o que permitiu que os assaltantes entrassem pela rede de esgoto e cavassem um túnel sem serem vistos.


A investigação da polícia constatou que o suspeito e os demais integrantes da quadrilha montaram uma estrutura com divisão de tarefas previamente estabelecidas para formar organização criminosa com o objetivo de roubar os valores armazenados na empresa Protege.

A quadrilha chegou a roubar quase R$ 14 milhões, mas a maior parte do dinheiro foi recuperada pela polícia. Os ladrões lacraram com cola os bueiros nas imediações da empresa para dificultar uma eventual ação da policia. A Polícia Militar foi avisada por funcionários da empresa após um alarme disparar.
A ação

O roubo
Para chegar até a caixa-forte da Protege, o grupo criminoso colocou um ônibus com fundo falso sobre um bueiro, distante 130 metros da empresa, na Avenida Professor Alceu Maynard Araújo, por volta da 1h30 de domingo. Com roupas de mergulho, os bandidos saíram do veículo, abriram a tampa e entraram na galeria de águas pluviais.

Como há várias tubulações subterrâneas, o bando percorreu 250 metros até um trecho, sem ser notado, sob a Rua Laguna. A partir dali, escavou um túnel de 15 metros até a sala onde estavam mais de R$ 13,5 milhões. Para arrombar o piso, quebrar o concreto e a chapa de aço foram usadas ferramentas.

Com máscaras para respirar, roupas de mergulho e uma corda para guiá-los na direção ao cofre, os criminosos usaram uma tinta em forma de spray nas lentes das câmeras de segurança da empresa assim que entraram no cofre para impedir que as imagens do furto fossem gravadas. Segundo a PM, cerca de 20 homens participaram da ação.

Para não molhar as notas, os criminosos as colocaram dentro de sacos plásticos e as transportaram em botes infláveis pelo túnel e galerias até o bueiro por onde haviam entrado. A água estava acima da cintura dos ladrões. Dali, eles subiam com o dinheiro pelo fundo falso do ônibus até o interior do veículo, que não possuía bancos justamente para acomodar os sacos.

Além dos botes, a polícia encontrou tambores de plástico cortados ao meio, que provavelmente foram usados na remoção de terra do túnel.

Ainda na madrugada de domingo, a Rota e COE foram até o local e surpreenderam a quadrilha quando ela deixava a empresa e entrava no ônibus.

O motorista do ônibus tentou escapar com o veículo, arrancando com ele pelas ruas de Santo Amaro até bater em um poste, derrubando o semáforo da esquina das Avenidas João Carlos da Silva Borges e Professor Alceu Maynard Araújo. Depois, ele ficou dentro do ônibus e os policiais tentaram negociar sua rendição por cerca de duas horas. Como ele não se rendeu, a PM jogou uma bomba de gás lacrimogêneo no veículo. Ele não ficou ferido.

Dois suspeitos foram mortos pela PM num tiroteio após revidarem os disparos. O outro suspeito pelo crime morreu atropelado pelo veículo quando tentava sair do bueiro e entrar pelo fundo falso. No ônibus usado pelos assaltantes, foram apreendidos um fuzil 556 com mira telescópica, uma pistola 9 milímetros, munição, alguns carregadores e dinheiro.

Pelo fato de a operação envolver policiais militares e resultar em resistência à prisão seguida de morte, a conduta deles está sendo investigada pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), também da Polícia Civil, com o acompanhamento da Corregedoria da PM.

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