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Quadrilhas mudam o foco

25 Out

Em busca de valores mais altos em dinheiro, as mesmas quadrilhas que explodem bancos seriam responsáveis pelo ataque ao carro-forte da Prosegur ocorrido segunda-feira na BR-116. A hipótese é levantada tanto pela Polícia Civil quanto pela Brigada Militar, que checam nomes de criminosos presos e em liberdade para identificar os autores do roubo de R$ 762 mil. O valor é o dobro do geralmente levado em ações contra bancos.

– Entre todos assaltos a banco com explosivos no Estado, as quadrilhas não obtiveram mais de R$ 300 mil de lucro. Já em uma única ação contra carro-forte, arrecadaram mais que o dobro. Fica claro o interesse deles ao mesmo tempo que percebemos um cessar de ataques a bancos da região – avalia o chefe da Agência Regional de Inteligência da Brigada Militar, capitão Flori Chesani Júnior.

De 2002 a 2009 eram registrados por ano quatro ataques contra carros-fortes na Serra. Na época, a polícia organizou um esquema de segurança junto às empresas transportadoras de valores. Elas passaram a circular com carros de apoio. Além disso, a intensificação da investigação sobre as quadrilhas e a prisão do principal líder de bando – José Carlos dos Santos, o Seco, 33 anos, em abril de 2006 – ajudaram a frear as investidas.

De acordo com o chefe de investigação da Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Flávio Carpes, a logística de ação da quadrilha responsável pelo ataque na segunda-feira mescla atitudes de antigos grupos identificados pela polícia.

– O assalto a carro-forte é a ação mais audaciosa do crime organizado. Por isso exige pessoal experiente, já que a probabilidade de dar algo errado é muito grande. Estamos trabalhando para atualizar a lista de criminosos que já atuavam nessa área antes para vermos quem está em liberdade – comenta Carpes.

A Polícia Civil e a BM investigam uma possível ligação entre a autoria do assalto na Serra gaúcha com outro praticado na noite do dia 8, na Serra Dona Francisca, em Joinville, Santa Catarina. A suspeita se deve ao fato de o número de ladrões – cerca de 10 – ser o mesmo nos dois casos e também pela forma da ação. Na cidade catarinense, um blindado foi parado a tiros de fuzil na SC-301, por volta das 19h. Os quatro seguranças – o motorista, um chefe de equipe e dois vigilantes – foram obrigados a se jogar de uma ribanceira, mas não sofreram ferimentos graves.

Os bandidos fugiram em direção a Schroeder, no Vale do Itapocu, onde se embrenharam na mata. Dois foram localizados e baleados em um confronto com a BM. José Edemar Couto Machado, 38, atingido no tornozelo, está no Presídio Regional de Jaraguá do Sul. Márcio de Aguiar Nunes, 30, baleado no braço e nas nádegas, continua internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital São José em estado grave.

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