Quadrilha de assalto a banco é desarticulada pela PF
05 Set
Uma quadrilha que há cinco anos assaltava bancos, carros-fortes e caixas eletrônicos em Pernambuco e na ParaÃba teve 12 de seus membros presos nesta terça (4) pela PolÃcia Federal (PF) e PolÃcia Militar (PM), entre eles um ex-PM expulso da corporação. O bando usava submetralhadora e explosivos, além de usar como disfarce uniformes tanto dos federais como de PMs. Os acusados, que viviam na Região Metropolitana do Recife e no Agreste, são apontados como autores do sequestro do tesoureiro de uma agência da Caixa Econômica Federal de Caruaru, em janeiro deste ano, o que desencadeou a investigação.
A Operação Tesoura, batizada assim em alusão ao sequestro do tesoureiro, ainda resultou na apreensão de 150 munições de calibres 9 milÃmetros e ponto 40, uma pistola Glock ponto 380, quatro motos, um automóvel Corolla e outro modelo Gol, uma falsa carteira funcional da PolÃcia Civil, um distintivo da PF também forjado e R$ 13.160 em espécie. A pistola e uma submetralhadora foram trazidas ao Estado por meio de contrabando, mas a polÃcia ainda não sabe sua origem.
A última investida do bando aconteceu no dia 18 de junho, quando assaltaram um carro-forte em João Pessoa, capital paraibana, vestidos como policiais federais. “Não podemos revelar quanto roubaram para não estimular esse tipo de delitoâ€, explicou o delegado de Combate a Crimes contra o Patrimônio da PF, Bernardo Gonçalves Torres, que coordenou a prisão dos integrantes da quadrilha.
O uso de fardamento de forças de segurança fazia parte do modo de agir dos bandidos presos, de acordo com o superintendente regional da PF, Marlon Jefferson de Almeida. “Mas como o material dos uniformes é de fácil confecção, não acreditamos que eles tenham sido fornecidmembros das corporaçõesâ€, ressalvou.
Por terem encontrado cinco cápsulas explosivas na residência de um dos detidos, os policiais acreditam que o material era usado para explodir caixas eletrônicos em Pernambuco e na ParaÃba.
“As cápsulas tinham o estopim muito curto, o que denota o uso para explodir os caixasâ€, concluiu o subcomandante da Companhia Independente de Operações Especiais da PM (Cioe), Flávio Bantim. Também há suspeitas de conexão com quadrilhas do Ceará que praticavam esse tipo de crime.
No sequestro do tesoureiro da Caixa Econômica, em Caruaru, os bandidos não conseguiram roubar o banco porque a vÃtima não sabia o segredo do cofre. Um vigilante da agência era o responsável por passar informações sobre a rotina do local. A partir dele a quadrilha assaltou a mesma agência três meses depois, em abril, usando fardas da PM.