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Integração da segurança dentro e fora do campo

26 Jun

Segurança será um elemento vital para o bom funcionamento da Cidade da Copa, em Recife, mas que ninguém pense que isso vai depender exclusivamente da presença maciça de policiais civis e militares durante a realização dos jogos. Dentro do estádio, por exemplo, a segurança será garantida pelos chamados "stewards", uma espécie de atendente. Trata-se de um corpo de 600 vigilantes, contratados a empresas de segurança privada local, especialmente treinados pela Fifa para atuarem desarmados, com o intuito de controlar tudo o que se passa na nova arena de futebol, construída no município de São Lourenço da Mata: fiscalizar a entrada dos torcedores, verificar os ingressos, orientar turistas nas arquibancadas e fazer a proteção dentro do campo - de jogadores e juízes -, o que, normalmente, no Brasil, é realizada pela Polícia Militar.

Em casos de emergência, quando os incidentes dentro da arena forem mais graves, e os "stewards" não tiverem condições de dar conta serão acionadas tropas policiais de "pronto-emprego", que estarão de prontidão em salas especiais nos quatro níveis do estádio, encarregadas de conter alguma perturbação da ordem de maior dimensão. Essa decisão vai partir de um comando central, integrado por representantes da Fifa e das polícia civil e militar, corpo de bombeiros e defesa social, entre outros, que estarão numa cabine de 110 metros quadrados, com visão como a das cabines de imprensa, acompanhando tudo o que se passa dentro da arena, auxiliados por 332 câmaras de vídeo.

"O principal trabalho do ponto de vista da segurança será o de integrar as polícias e demais serviços de emergência para garantir tranquilidade da população e dos turistas que se reunirão para os jogos da Copa", diz o tenente-coronel Ilídio Vilaça, gerente geral de projetos especiais da Secretaria de Defesa Social (SDS) do Estado de Pernambuco.

Corpo de 600 agentes de empresas privadas vai receber treinamento da Fifa para atuar nos estádios

A preocupação com a segurança não se relaciona só ao que ocorrerá dentro do estádio. No entorno da Arena Pernambuco, ou seja, nos 257 hectares destinados à Cidade da Copa, em São Lourenço da Mata, a vigilância será rigorosa. A cidade terá uma cobertura sem fio, com câmeras de vigilância que farão análise de comportamento. Ou seja, o sistema vai analisar o que está acontecendo em determinado local e alertar as equipes de segurança. Haverá controle de trânsito com objetivo de proporcionar maior segurança e mobilidade.

Numa área de 12 mil metros quadrados, próximo ao estádio, será construído um Centro de Comando e Controle Integrado do Estado de Pernambuco, com investimento de R$ 98 milhões do governo estadual, que contará com heliporto, sala de gerenciamento de crises, vídeo monitoramento e call center com 120 atendentes de plantão por turno. O CCCI deverá operar em estreita colaboração com o Centro Nacional de Controle, criado pela Secretaria Extraordinária de Segurança para grandes eventos, em Brasília, com central de backup no Rio de Janeiro.

A ideia é que o CCCI opere com mais de 300 pessoas durante a Copa, mas que, após o evento, fique com um de seus principais legados para atender demandas da população, diz Vilaça. "Nosso objetivo é monitorar situações comuns de interesse da população, como fluxo de transportes coletivo, atividades escolares, localização de hospitais, postos de saúde e ambulâncias, além de casos emergenciais na área de defesa social."

O CCCI vai abrigar os serviços de emergência que estão à disposição da população e são oferecidos por um total de 29 órgãos, entre eles a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), Corpo de Bombeiros, Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e a empresa de meteorologia Climatempo. Uma exigência para seu funcionamento, de acordo com o gerente da SDS, é que todos os órgãos envolvidos operem com um protocolo único de atuação, para que possa ser compartilhado sem maiores problemas pelo centro nacional de controle.

Para fazer o videomonitoramento da capital e outras cidades pernambucanas, o governo instalou 278 câmeras e deve abrir licitação para aquisição de mais 1,5 mil videocâmeras e provisão de telefonia móvel com acesso em banda larga. "O importante é que o que antes era visto apenas pela Secretaria de Defesa Social passará ser compartilhados por outros órgãos que atendem a população, com capacidade de tomada rápida de decisão em situações de emergência", diz.

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