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Lei municipal obriga bancos a instalarem portas giratórias de segurança

11 Mai

Uma lei municipal que obriga os bancos a instalarem portas giratórias de segurança entrou em vigor ontem em Araçatuba.

Pela nova lei os dispositivos devem ser equipados com detectores de metais, travamento e retorno automático, abertura ou janela para entrega do material detectado ao vigilante. Além da porta principal os bancos devem dispor aos clientes uma porta auxiliar que garanta acesso a pessoas portadoras de deficiências, usuária de marca-passo, obesa, gestante, idosa ou com dificuldades de locomoção.

Ainda segundo a lei 7.460, os estabelecimentos bancários também devem exibir em locais visíveis avisos sobre riscos e prejuízos que tais equipamentos podem causar à saúde dos usuários de marca-passo. A lei só não se aplica a bancos instalados em empresas privadas e órgãos públicos. Os bancos devem se adequar à nova lei nos próximos 60 dias.

O projeto de lei de autoria da vereadora Tieza Marques (PSDB) garante que o dispositivo inibe ações criminosas. "A porta giratória auxilia a disciplinar e ordenar a entrada e saída de pessoas, evitando com isso tumultos e maiores constrangimentos", justifica o texto.

CONTRAMÃO
A obrigatoriedade adotada em Araçatuba segue na contramão do que acontece ultimamente no estado de São Paulo. As portas giratórias com detectores de metais estão sendo retiradas aos poucos justamente pelo constrangimento que ela causa aos clientes. Só no Tribunal de Justiça de São Paulo, já foram mais de mil ações de clientes pedindo reparação por danos morais em portas giratórias e parte deles rendeu de R$ 5 a R$ 15 mil em indenizações cada.

DIVERGÊNCIAS
A medida divide opiniões no município, segundo levantamento da reportagem, apenas as agências do Bradesco e uma do Itaú não possuem portas giratórias em Araçatuba.

Para o gerente do Banco do Brasil, Wilson Gardenal Júnior, toda medida que contribua para aumentar a segurança é válida. "No Banco do Brasil ainda possuímos portas giratórias com detectores de metais e tudo que traga mais segurança para os nossos clientes vale à pena", relatou.

Já o gerente de uma agência do Banco Itaú, Lourival dos Santos, localizada na rua Carlos Gomes, na região central de Araçatuba acredita que a lei municipal é um retrocesso. "Portas giratórias estão ultrapassadas, contamos com um sistema de segurança e monitoramento ligado 24 horas com a central em São Paulo", contou Silva. Para o gerente as portas com detectores de metais causam constrangimentos para os clientes que por sua vez entram em atritos com os funcionários do banco.

Segundo informações da Assessoria de Comunicação do Banco Itaú a retirada das portas giratórias das agências faz parte de um processo que começou logo após a fusão entre os dois bancos (Itaú-Unibanco), ocorrida em 2008. "O layout, que busca mais proximidade e transparência no atendimento ao cliente. As portas giratórias foram substituídas por outros mecanismos e, com isso, as novas unidades mantiveram o mesmo nível de segurança oferecido anteriormente", disse a nota.

APROVAÇÃO
O presidente do Sindicato dos Bancários de Araçatuba, José Geraldo Fogolin, aprova a nova lei e garante que ela preza pela segurança dos clientes e funcionários. "Sempre fomos favoráveis a qualquer medida que amplie a segurança nos bancos e as leis foram feitas para proteger a população", garantiu. Segundo Fogolin, vários bancos querem retirar as portas giratórias para diminuir mais um gasto com custeio do estabelecimento. "Sem a porta giratória o banco economiza com mais um vigia cuidando da entrada o tempo todo e mantém apenas um guarda na cabine. Fora os gastos de manutenção do equipamento", finalizou o presidente.

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