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Bandidos roubam banco no Meireles

10 Mai

A quadrilha usou reféns como ´escudos´ no tiroteio com vigilantes. Este foi o 38º ataque a banco, neste ano, no CE

Assalto a banco, tiroteio, reféns e medo. Esses foram os ingredientes do roubo à agência do Bradesco, na tarde de ontem, em Fortaleza. Quatro bandidos armados entraram no banco, situado na Avenida Abolição, bairro Meireles, renderam os vigilantes, clientes e funcionários e, depois de roubar o dinheiro da bateria dos caixas e trocar tiros com ocupantes de um carro-forte, fugiram usando duas pessoas como ´escudos humanos´.

Os reféns foram liberados, sem ferimentos, cerca de 30 metros depois, na Rua José Vilar. Os assaltantes abandonaram uma das motos em que estavam e roubaram outra, de um motoboy. Até o fim da noite de ontem, nenhum deles havia sido preso.

Conforme o cabo PM Ricardo Maia, da Ronda Bancária da Companhia de Comando e Serviços (CCS) do 5º Batalhão, por volta das 15h10, os assaltantes entraram com facilidade no banco portando pistolas.

Eles renderam os dois vigilantes e anunciaram o roubo. "Perdeu, perdeu..." Segundo Tarsio Pessoa, funcionário de uma churrascaria e que estava dentro da agência na hora do ataque esperando para fazer um pagamento, essas foram as palavras ditas pelos três bandidos no momento em que rendiam os dois vigilantes e clientes.

"Depois eles (bandidos) mandaram todo mundo deitar no chão e eu não vi mais nada, só ouvi os tiros no final", contou Pessoa, ainda se refazendo do susto. O auxiliar administrativo relatou à Reportagem que durante os minutos em que estava deitado no chão sob a mira das armas dos assaltantes sentiu medo de morrer. "Quando começaram os tiros, algumas mulheres choraram e entraram em pânico. É uma sensação muito ruim".

Sensação similar foi relatada até por pessoas que não estavam dentro da agência, mas ficaram próximas do tiroteio, como o dono de um comércio situado ao lado do banco. "Só sei que foi muito tiro e depois veio o pânico", afirmou o comerciante.

Cerca de 30 minutos após o assalto, os clientes que chegavam à agência, se assustavam com a presença de mais de dez policiais militares e de equipes de reportagem na frente do banco. Quando se aproximavam descobriam que o local havia sido alvo de um ataque de quatro bandidos armados e, muitos, com medo, voltavam.

Carro-forte

O capitão PM Gerlúcio Vieira, supervisor do Núcleo de Policiamento Comunitário 1 (NPC 1), do Ronda do Quarteirão, afirmou que ninguém ficou ferido durante o intenso tiroteio com os vigilantes do carro-forte. Segundo o oficial, ao perceberam a presença dos homens armados, os ocupantes do blindado, acreditavam que eles fossem o alvo e efetuaram disparos.

Para o oficial, a logística do bando criminoso foi simples com o uso de armas curtas (pistolas) e motos para facilitar a fuga pelas ruas e avenidas movimentadas do Meireles e Aldeota. Além disso, de acordo com Vieira, eles contaram com falta de equipamentos de segurança na agência. "Com portas sem detector de metal, fica fácil entrar armado e praticar o roubo".

Equipes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e da Coordenadoria de Inteligência (Coin), da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) estiveram no local e iniciaram as investigações. Em março deste ano, bandidos armados assaltaram o Bradesco situado no cruzamento das avenidas Santos Dumont e Desembargador Moreira). Na ocasião, um assaltante morreu e dois foram presos.

EMERSON RODRIGUES
REPÓRTER

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