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Assalto a bancos, atentado à população

10 Abr

Em artigo no O POVO deste sábado (7), o consultor sênior em segurança privada e vice-presidente da Federação Nacional de Empresas de Vigilância e Transporte de Valores, Ivan Hermano Filho, comenta sobre os assaltos a bancos no Estado. Confira:

O Ceará registrou 15 ataques a bancos somente no mês de março de 2012, sendo seis em Fortaleza. O número é cinco vezes maior que o computado em 2011, quando foram registradas três ocorrências. Existem motivos claros para este aumento. Não somente no Ceará, mas em todo o Brasil.

As agências bancárias têm limites do valor máximo que podem manter em suas tesourarias nos horários em que o banco está fechado. Estes limites são ditados por apólices de seguros.

Permanecem nas agências, fora do expediente bancário, valores em seus cofres e nos caixas eletrônicos. Nestes horários os bancos não dispõem de seguranças armados. A proteção se dá por equipamentos eletrônicos. Quadrilhas então se especializando em estourar as agências em busca destes valores.

Cresce também o número de golpistas que aplicam a “saidinha bancária”, ou seja, a quadrilha mantém nas agências pessoas que se fazem passar por clientes mas na verdade ficam de olho nos correntistas que retiraram dinheiro, e avisam os comparsas, que seguem a vítima e roubam-na com facilidade.

Percebemos que, apesar de ainda haverem quadrilhas que assaltam bancos a mão armada no horário de expediente, elas não são nem de longe a maioria. Hoje, o crime envolvendo agências bancárias mudou para formas mais lucrativas e menos arriscadas.

O que pode ser feito, então? Já existem leis estaduais no Ceará que proíbem o uso de celulares nas agências bancárias e que exigem a instalação de biombos próximos aos caixas para dificultar a visualização das vítimas por seus algozes. Porém, em muitos bancos estas determinações não são cumpridas.

Equipamentos como portas rotatórias com detecção de metais, câmeras e alarmes auxiliam a segurança e devem permanecer. Porém, existem equipamentos mais modernos de segurança eletrônica que deveriam ser utilizados. Há um sistema chamado Smoak Cloak que, ao ser acionado, em instantes enche o ambiente com uma espessa fumaça branca que impede o assaltante de enxergar a mais de dez centímetros de distância. O que não se vê não se rouba. Este equipamento é eficaz para transformar em “fumaça” os planos das quadrilhas que estouram cofres e caixas 24 horas.

Ano após ano, vemos os lucros das instituições bancárias crescerem estratosfericamente. É chegado o momento de a sociedade exigir a contrapartida em segurança deles. Presença dos vigilantes 24 horas nas agências bancárias, instalação de biombos, proibição de celulares, reforço nas portas giratórias, construção de guaritas blindadas para os seguranças nas agências. Este conjunto de ações tornará a ida ao banco algo muito mais seguro, e não na roleta russa em que vivemos hoje em dia.

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