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Segurança da UnB em alerta

26 Mar

Vigilantes da instituição estão autorizados a reagir caso haja qualquer movimentação estranha no câmpus. Foi estabelecido ainda um canal com a polícia, por meio de internet e telefone

Mesmo com a prisão de Marcelo Valle Silveira Mello e Emerson Rodrigues, suspeitos de planejar um massacre contra estudantes da Universidade de Brasília (UnB), a instituição continua em alerta. A orientação é que os seguranças reajam a qualquer aglomeração atípica no local. Além disso, um canal direto com a polícia foi estabelecido por meio de um sistema de rádio e de telefone. A internet é monitorada diariamente para acompanhar as redes sociais que possam ter algum caráter pejorativo ou de ameaças.

O reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Júnior, disse ontem que, ao receber o pedido de auxílio na fiscalização dos espaços físicos do câmpus por parte de alunos e professores ameaçados pela dupla, a instituição entrou em contato com as polícias Civil, Militar e Federal. Comissões compostas por docentes e representantes da segurança pública se reuniram semanalmente para debater o andamento das investigações e da possibilidade de ataques. "Foi evitado que ocorresse aqui um massacre como o que aconteceu no ano passado em Realengo (RJ)", acredita o reitor. Na ocasião, 12 crianças acabaram mortas após Wellington Menezes entrar em uma escola e descarregar dois revólveres.

Diante disso, o reforço na segurança do câmpus vai permanecer. O anúncio foi dado pela reitoria da UnB, na tarde de ontem, durante reunião do Conselho Universitário (Consuni) (leia matéria abaixo). Desde o começo do ano, vigilantes foram direcionados aos departamentos de ciências sociais. Grades de ferro também foram instaladas nas portas e nas janelas das repartições ameaçadas. A medida ocorreu depois de uma atualização do site administrado por Marcelo, em 16 de janeiro, que anunciou um ataque.

Risco
As diretrizes de segurança variam entre inteligência policial, controle social, ações de apoio psicossocial, interação institucional e interinstitucional e comunicação. "Não temos poder de polícia, mas podemos unir esforços para nos resguardarmos. Todos os vigilantes foram treinados pela Polícia Federal, e os alunos têm instruções sobre o que fazer caso sintam-se ameaçados", explica a decana de Gestão de Pessoas, Gilca Starling Diniz.

Segundo a Reitoria, a segurança no Instituto Central de Ciências (ICC), o Minhocão, também será reforçada. "Acreditamos que essas ações são realizadas por uma rede criminosa. O nosso plano de gerenciamento de risco foi elaborado em cinco dimensões que determinam o acompanhamento, desde o psicológico até a integração com as três polícias", revela Diniz.

Apesar do medo que se espalhou pela UnB, os docentes defendem que as atividades tenham continuidade. "Nós estamos correndo risco, sim. São ameaças fortes, mas não podemos ceder ao pânico", afirma o professor de antropologia José Pimenta. Desde 2005 como educador na instituição, Pimenta informou que ficou sabendo das ameaças em janeiro. "Nós nos reunimos com o reitor e fizemos encontros constantes para debater o assunto."

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