Familiares, amigos e vizinhos do adolescente Tarsis Santos, assassinado na noite de sexta-feira em frente ao Salvador Shopping, o maior da capital baiana, fecharam a avenida Paralela por volta das 17h deste sábado. Eles acusam um segurança do shopping de ter atirado no garoto, que morreu ao lado da mãe na passarela que liga a avenida ao local.

Os manifestantes vieram do Cemitério Quinta dos Lázaros, onde Tarsis foi enterrado às 15h30, e fecharam a região da Ligação Iguatemi-Paralela com pedaços de madeira e pneus queimados nos dois sentidos da via. A ação parou totalmente o trânsito e produziu um grande engarrafamento nos sentidos Aeroporto e Centro. Policiais militares foram mobilizados para o local para tentar conter a manifestação e liberar a pista.

Tarsis Santos foi assassinado quando atravessava a passarela do shopping ao lado da mãe e outros amigos. Eles acusam dois seguranças não identificados de praticar o crime e depois fugirem, enquanto o garoto de 17 anos agonizava. Ele chegou a ser socorrido no Hospital Roberto Santos, no bairro do Cabula, mas não resistiu aos ferimentos.

Segundo a Polícia Civil, um grupo de jovens promoveu uma espécie de arrastão nas imediações do shopping e fugiu em direção desconhecida. Sem relação com o fato, Tarsis e seus amigos teriam sido confundidos com o bando e acabaram sendo alvejados pelos supostos seguranças.

O Salvador Shopping divulgou uma nota oficial na qual exime seus seguranças de responsabilidade no fato e lista que o trabalho da polícia em investigar o caso estava sendo feito. "O Salvador Shopping esclarece que não tem nenhum de seus funcionários envolvidos no caso ocorrido na noite de ontem. Por volta das 22h30, o shopping tomou conhecimento, através de transeuntes, que havia ocorrido disparos de arma de fogo próximo ao bairro de Pernambués. A polícia se fez presente no local tomando as devidas providências."