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Onda de ataques a bancos tem explosão, sequestro e roubos

02 Mar

Sem levantar suspeitas, seis homens conseguem roubar cerca de R$ 600 mil do Banco do Brasil de Forquilhinha, fazendo reféns por 10 horas o gerente, sua mulher e as duas filhas. Nenhuma pessoa foi presa
Depois de Sombrio, agora foi em Forquilhinha. Pela segunda vez em duas semanas um banco do Sul do Estado é alvo de um roubo ousado. Ontem pela manhã, de acodo com estimativas da polícia, cerca de R$ 600 mil da agência do Banco do Brasil de Forquilhinha foram levados por seis homens que conseguiram o dinheiro depois de fazer reféns e torturar psicologicamente por mais de 10 horas a esposa e as duas filhas do gerente.

O plano para roubar todo o dinheiro que estivesse disponível no banco começou a ser colocado em prática por volta das 21h de quarta-feira, na residência do gerente, localizada a três quadras da agência. Naquele horário o funcionário estava com a esposa e a filha de 20 anos na sala quando dois homens armados entraram e renderam a família.

De acordo com o delegado Carlos Emílio, pouco antes, quando o casal estava na varanda, um carro com dois homens havia estacionando na rua em frente à casa, mas saído em seguida. A suspeita é que eles escalaram o muro da casa, de mais de três metros de altura, a partir de um terreno baldio que fica ao lado. Por volta das 22h, a outra filha, de 23 anos, chegou em casa e, então, toda a família se tornou refém dos bandidos.

Todos foram amarrados e tiveram os olhos vendados. A esta altura, já sabiam que o motivo da invasão era o dinheiro do Banco do Brasil. Em depoimento ainda informal ontem pela manhã, a família relatou que passou toda a madrugada sob a mira de armas e sofrendo violência psicológica.

– Os bandidos diziam a todo o instante que se pela manhã não conseguissem o dinheiro, iriam matar a esposa e filhas do gerente. Eles diziam estar com fuzil e até granada – conta o delegado Carlos Emílio.

Ao todo, seis bandidos realizaram a ação na casa, mas haveria um sétimo integrante, pois um dos homens questionava o comparsa sobre “como seria feita a divisão entre os seteâ€.

Ontem, por volta das 6h, a segunda parte do assalto foi iniciada, com a mulher e as duas filhas sendo levadas vendadas e sob um cobertor para um cativeiro. Elas ficaram trancadas e amarradas em um banheiro. Pela distância percorrida, a polícia acredita que a casa seja em Forquilhinha mesmo, em Criciúma ou em outra cidade vizinha. Elas haviam sido levadas inicialmente no Nissan Tiida da família e, depois, transferidas a um veículo dos assaltantes. Um dos bandidos retornou para a residência com o Tiida que seria usado mais tarde pelo gerente para buscar o dinheiro no banco.

Às 9h, o gerente foi sozinho ao banco de carro sempre com a advertência de que a família seria morta caso algo desse errado. Para não despertar a atenção de quem já estava na agência, ele seguiu a rotina de trabalho, mas que ontem havia um diferencial: a chegada de um carro-forte que traria dinheiro suficiente para as movimentações financeiras do início do mês. Discretamente, ele recebeu o dinheiro, assinou os documentos e liberou o carro-forte. Porém, em vez do cofre, o montante foi acomodado em uma caixa de papelão, que foi levada para ser entregue a um dos integrantes da quadrilha em uma estrada. Uma hora mais tarde, por volta das 10h, a esposa e as duas filhas foram libertadas, sem ferimentos, em uma estrada perto da BR-101, em Içara, distante cerca de 30 quilômetros da casa.

Numa ação diferente, porém igualmente ousada, no último dia 16, o Banco do Brasil de Sombrio foi invadido também por seis homens que renderam 15 funcionários durante uma hora e fugiram com uma quantia semelhante.

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