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Paraná registra quase um ataque por dia a caixas eletrônicos

02 Fev

Nos 32 primeiros dias deste ano, quadrilhas especializadas deflagraram 28 ataques a caixas eletrônicos de agências bancárias ou instaladas em estabelecimentos comerciais paranaenses: quase um caso por dia. Mais de dois terços dos casos (19 ataques) ocorreram em Curitiba e região metropolitana (RMC). Nesta terça-feira (1º), um grupo foi preso em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Apesar dos esforços da força-tarefa lançada pela polícia, os casos continuam: nesta madrugada, o caixa-eletrônico de um mercado em Colombo, na região metropolitana, foi explodido.

As investigações apontam que os grupos agem, principalmente, de duas formas distintas: usando dinamite para explodir os terminais ou maçaricos para arrombá-los. O levantamento realizado pelo Sindicato dos Vigilantes (Sindivigilantes) mostra que 16 ataques foram realizados com explosivos; em dez, os bandidos usaram maçaricos; em outros dois casos, os caixas sofreram tentativas de arrombamento com pés-de-cabra.

04/01 – Almirante Tamandaré – Explosão

09/01 – Colombo – Explosão

09/01 – Colombo – Arrombamento

12/01 – Colombo – Explosão

15/01 – Campo Magro – Maçarico

15/01 – Bocaiúva do Sul – Maçarico

15/01 – Tijucas do Sul – Maçarico

17/01 – Bocaiúva do Sul – Maçarico

18/01 – Campo Magro - Explosão

19/01 - Piraquara - Explosão

19/01 – Colombo - Explosão

20/01 – Araucária - Explosão

22/01 – Campina Grande do Sul - Explosão

1/02 – Colombo – Explosão

Ataques em outras regiões do PR
15/01 – Xambrê – Maçarico

15/01 – Ponta Grossa – Explosão

15/01 – Santa Maria do Oeste – Maçarico

22/01 – São João - Explosão

25/01 – Colorado – Explosão

25/01 – Colorado – Explosão

30/01 – Apucarana – Tentativa de tombamento

30/01 – Foz do Iguaçu - Maçarico

31/01 – Ponta Grossa – Explosão


Curitiba sofreu cinco ataques: três pelas chamadas “gangues do maçarico” e dois por explosivos. A análise dos números aponta que os casos se concentram em municípios da região metropolitana: 14 registros. Em quase dois terços (nove ataques), os terminais eletrônicos foram explodidos pelos bandidos. Colombo é o principal alvo da “gangue da dinamite”, com quatro ataques sofridos.

“Na região metropolitana, a maioria das explosões ocorreram em estabelecimentos comerciais afastados, sem mecanismos de segurança”, disse o delegado Guilherme Rangel, adjunto da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR).

Investigações e prisões

Uma “força-tarefa” foi criada, somando esforços de unidades das polícias Civil, Militar e Federal. De acordo com as investigações, há diversas quadrilhas distintas atuando no estado. Os grupos que agem com maçarico seriam provenientes, principalmente, de Santa Catarina. As “gangues da dinamite” seriam compostas por bandidos de Curitiba e região metropolitana, mas com ramificações em São Paulo.

Uma quadrilha que agia com explosivos foi desarticulada nesta terça-feira, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Pelo menos dez pessoas foram presas na operação. Com o grupo, foram apreendidos dois veículos, pistolas, revólveres e uma submetralhadora, além de R$ 42,3 mil em dinheiro. Na terça-feira (31), um caixa eletrônico de um posto de gasolina havia sido explodido.

Antes disso, as quadrilhas que agem com maçarico já haviam sofrido três baixas. No dia 19 de janeiro, dois suspeitos foram presos após uma tentativa de ataque a um caixa eletrônico de uma agência bancária no Centro de Curitiba. Eles trocaram tiros com a Polícia Militar (PM) quando tentavam fugir e acabaram presos.

Três dias depois, a polícia identificou uma casa em Colombo, que seria usada como “quartel general” por uma das “gangues do maçarico”. Dois carros com placas de Santa Catarina chamaram a atenção dos policiais. Na residência, foram encontrados um maçarico, lonas, luvas, ferramentas e “ouriços” (pregos para serem espalhados na pista para furar pneus de veículos e facilitar a fuga). Não havia ninguém na casa. No dia 26 de janeiro, policiais paranaenses prenderam um suspeito em Joinville, em Santa Catarina.

“A força-tarefa tem surtido efeito. Em duas semanas, três quadrilhas foram presas: uma de dinamite e duas de maçaricos”, avaliou Rangel. Segundo ele, outros grupos criminosos já estão identificados e há, inclusive, pedidos de prisão expedidos pela Justiça.

As investigações também demonstram que um mesmo grupo age em diferentes regiões do estado. Há indícios de que a quadrilha presa em Ponta Grossa tenha atuado também em Curitiba e região metropolitana. Com o grupo, foram apreendidos dinamites e rolos de cordel que, segundo o Centro de Operações Especiais (COE), da Polícia Militar (PM), são compatíveis com materiais recolhidos de um dos ataques ocorridos na capital e de diversos realizados em cidades da região metropolitana.

“Nós vamos analisar esses materiais apreendidos e cruzar os dados com informações já apuradas pela polícia”, disse a delegada Vanessa Alice, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Ela informou que um grupo de investigadores da unidade foi enviado a Ponta Grossa para interrogar os suspeitos presos.

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