Foi depois de almoçar numa churrascaria da Avenida Paraguassu, em Capão da Canoa, e tomar uma cerveja, que o assaltante de bancos Carlos Raimundo Alves Junior, o Ninho, 28 anos, foi preso. A captura do assaltante, apontado como líder de uma quadrilha que sequestra gerentes de banco para assaltar agências, era considerada a prioridade máxima do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Com a prisão de Ninho, o delegado Juliano Ferreira, da Delegacia de Roubos do Deic, acredita que vá haver redução no número de assaltos a bancos registrados em Porto Alegre:

– Dos nove assaltos que registramos em Porto Alegre em 2011, em quatro a quadrilha dele participou – disse o delegado.

Ninho já era procurado desde o ano passado pela Delegacia de Roubo de Cargas, do Deic, que investigava um assalto a um condomínio de luxo, ocorrido em 3 de abril, no bairro Mont’Serrat, em Porto Alegre. Por conta daquele crime, Ninho teve prisão preventiva decretada pela Justiça.

Bando era considerado o mais perigoso em ação no Estado

Depois daquele ataque, os policiais descobriram que o bandido estava à frente de uma quadrilha de roubo a bancos. O bando, composto por até oito homens, sequestrava gerentes e suas famílias para ter a entrada em agências bancárias facilitada. Foi que aconteceu em Arroio dos Ratos, na Região Carbonífera, em junho do ano passado.

Em outubro e novembro, o bando usou a mesma fórmula para roubar empresas de transporte de valores. Os sequestros aconteceram, mas os bandidos não conseguiram chegar ao dinheiro.

Por agir dessa forma, o bando era considerado o mais perigoso em atuação no Estado.

– Usavam as famílias como reféns e sempre estavam com armamentos de grosso calibre – destaca o delegado, que calcula que o bando tenha causado um prejuízo de mais de R$ 500 mil.