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Fenaban rebate pontos de leis sobre novas medidas de segurança em bancos

28 Out

Através de sua Diretoria de Comunicação, a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) respondeu a TRIBUNA DO NORTE sobre o posicionamento da instituição ante as leis que exigem dos bancos uma readequação do sistema de segurança. O setor informou que as instituições brasileiras investem, anualmente, R$ 9,4 bilhões sem sistemas de segurança física e eletrônica. A entidade representativa destaca que os bancos brasileiros também atuam em estreita parceria com governos, Polícias (Civil, Militar e Federal) e com o Poder Judiciário, para combater os crimes e propor novos padrões de proteção. "A FEBRABAN atua, portanto, tanto na elaboração de ações propositivas que visem à segurança dos bancos, dos funcionários e usuários, como também nas parcerias com órgãos públicos no combate à criminalidade".

A Febraban aponta como prova desses esforços a diminuição no número de assaltos a banco. De 2000 para 2010 houve uma queda de 82%, de 1903 ocorrências para 337. Já em comparação ao primeiro semestre de 2010, com 206 assaltos a banco registrados no Brasil, houve uma queda considerável em 2011, com 192 assaltos registrados no mesmo período.

Biombos

Quanto às diversas leis aprovadas ou em tramitação , a Febraban defende que "não possuem estudos ou embasamentos técnicos que comprovem sua eficácia". Essas estruturas poderiam criar pontos cegos nos quais possam ocorrer ou ter inicio ações que o vigilante não teria acesso, a menos que tenha de se deslocar de sua posição. "Os biombos, portanto, aumentam a insegurança dentro da agência por dificultar a vigilância, uma vez que criam verdadeiros cubículos estanques", defende.

A assessoria ainda ressaltou que, "considerando que os bancos possuem rede de atendimento instalada em todos os mais de 5 mil municípios brasileiros, há necessidade de legislação regulando a matéria de modo uniforme, para que sejam adotadas soluções sistêmicas em todo o País, a exemplo da Lei Federal nº 7.102/83 e sua regulamentação. Nos termos dessa legislação, todos os estabelecimentos bancários (agências e postos de atendimento) são obrigados a submeter à Polícia Federal um plano de segurança para que possam funcionar".

Câmeras de segurança - O circuito fechado de TV (CFTV) é um item previsto na lei 7.102, e possui caráter facultativo. Entretanto, a maioria dos bancos já utilizam o dispositivo no ambiente interno. As câmeras internas realizam gravação do movimento, e não monitoramento em tempo real. No tocante às câmeras externas, "a eficácia é questionável, na medida em que boa parte dos crimes de saidinha de banco ocorre longe do ambiente das agências, fora de seu alcance de gravação. Além disso, a vigilância externa é de competência das secretarias de segurança pública", sublinha a Federação dos Bancos.

Celulares - A Febraban é favorável à leis que restringem o uso de celulares dentro de agências bancárias, uma vez que contribuem para combater o crime da saidinha de banco. "Embora considere que ela, isoladamente, é insuficiente para prevenir novos casos da chamada saidinha. É fundamental promover ações conjuntas entre bancos, órgãos do poder público, municipal ou estadual, e a sociedade"

Dicas de Segurança

O secretário adjunto de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, Silva Junior, dá algumas sugestões para que o cidadão evite se colocar em situações favoráveis a se tornar um alvo dos bandidos.

No caso de ir ao banco receber vultuosa quantia de dinheiro, evitar ficar expondo o numerário. Restringir a informação ao menor número possível de pessoas complementa essa medida preventiva. "Sem maldade, a pessoa comenta para um grupo grande de pessoas que vai no dia seguinte retirar dinheiro para comprar um carro, por exemplo". Ficar atento a movimentação ao redor de si e nas proximidades também é uma maneira eficiente de se resguardar, destaca o também policial Federal. "O início dessas ações começam dentro do banco quando o assaltante faz comunicação por celular com quem está do lado de fora", esclarece. O trajeto da porta do banco até o transporte também merece atenção. Então, pedir para um familiar acompanhar até o destino. E, caso perceba que está sendo seguido, é indicado acionar a polícia pelo 190 e buscar ficar em local seguro. "A maioria dessas ações acontecem numa área mais distante dos bancos por haver ali um maior policiamento", explica o secretário.

Silva Junior adiantou que já existe um projeto para lei municipal no intuito de que fique expressa a responsabilidade das instituições bancárias sobre a segurança do cliente dentro de seus respectivos prédios. Na proposta há ações como a necessidade de identificar o não correntista através da carteira de identidade. Uma notificação do tempo que uma pessoa fica dentro da agência e a observação dessa permanência e posterior abordagem para saber o que está se passando. "Esse tipo de ocorrência é aquela que depende de oportunidades. Nossa intenção é não oferecer essa facilidade", finalizou.

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