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Policiais militares terceirizam bicos

26 Out

Policiais militares estariam pegando serviços de vigilância fora do horário de serviço e repassando o trabalho a terceiros, sem treinamento e sem porte de arma


Embora proibidos de fazer trabalhos extras como seguranças de empresas privadas nas horas de folga, a prática continua comum entre policiais militares de Londrina. A maioria dos oficiais sabe e até tenta reprimir, mas o chamado “bico†já é quase uma tradição, como uma forma de complementar o salário de quase R$ 2 mil mensais. O problema é que alguns PM estão “terceirizando†os trabalhos extras para pessoas sem treinamento e colocando armas nas mãos deles.

Segundo o proprietário de uma empresa de segurança - que pediu para não ser identificado -, a concorrência de PMs em serviços de vigilância já era prejudicial às empresas legalizadas quando trabalhavam sozinhos. “Agora, porém, eles estão criando um tipo de empresa informal. Quando estão em escala, contratam alguém para trabalhar na empresa privada enquanto dão cobertura com a própria viatura. E se acontecer algum problema, dão um jeito de atender a ocorrência ou enviam policiais ‘camaradas’ para evitar serem pegosâ€, conta.

A denúncia do empresário é reforçada por dois outros proprietários de empresas do ramo de segurança. Segundo eles, além de estar tirando postos de trabalho de vigilantes formados, a atitude destes PMs demonstram “o desrespeito para com as leis e com o cidadãoâ€, além de estarem colocando em risco a vida de inocentes. “Eles estão cometendo crime ao armar pessoas sem preparo e destreinadasâ€, afirma um deles. A empresa que contrata o PM também seria coautora do crime. “Eles querem pagar menos, mas se um vigia deste morre - como aconteceu há alguns dias - a empresa pode sofrer processo judicial e também trabalhistaâ€, aponta o denunciante.

De acordo com os empresários, já foram feitas denúncias ao comando do 5º Batalhão da Polícia Militar (BPM) e também à Polícia Federal. “Há dois anos, mais ou menos, a própria PF nos chamou para uma reunião sobre este assunto. Mas foi só aquela vez e nunca mais tivemos notíciasâ€, diz um deles. De acordo com os empresários, não é difícil para o comando investigar. “Quantas vezes o jornal noticia que um ‘PM de folga, passando pelo posto de combustível’, trocou tiros com bandidos?â€, aponta.

Segundo um PM, que pediu para não ser identificado, embora não permitido pelo regimento interno, o “bico†seria suportado pela corporação. “É a mesma coisa que a imprensa seguir a frequência do rádio da polícia. É proibido, mas todo mundo faz e ninguém é punidoâ€, afirma. Porém, quanto à terceirização, o policial nega. “Acho que ninguém é louco de fazer isto. A lei do desarmamento é muito rígida. Não acredito que um policial ignoraria istoâ€, afirmou.

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