A Grande Cuiabá registrou três ataques a caixas-eletrônicos em três dias. Em dois casos as máquinas foram detonadas por quadrilhas que utilizaram dinamite para arrombá-las. A última explosão ocorreu ontem de madrugada, em Várzea Grande. Cinco homens – quatro encapuzados – invadiram a revendedora de veículos Ariel Automóveis, na avenida da FEB, onde renderam os quatro seguranças da empresa particular que presta serviços no local tomaram suas armas.

Após roubar os quatro revólveres, os ladrões colocaram bananas de dinamite e explodiram o caixa-eletrônico do HSBC, localizado no setor externo da empresa. Em seguida, fugiram levando todo o dinheiro. O assalto ocorreu anteontem, por volta das 22 horas.

Segundo os seguranças, inicialmente chegou um dos ladrões e rendeu o vigilante que estava na frente. Com uma pistola apontada para a cabeça, ele entregou o revólver e foi obrigado a chamar o outro segurança que estava nos fundos. Na sequência, rendeu os outros vigias. Foi quando apareceram mais quatro assaltantes, todos encapuzados.

“Os vigilantes foram colocados numa sala sendo vigiados por dois ladrões. Nisso, três deles foram até o caixa-eletrônico, que fica do lado externo, e o explodiram�, explicou um dos policiais que esteve no local.

A quadrilha fugiu em dois veículos estacionados nas proximidades, mas os seguranças, por estarem trancados numa sala, não souberam informar a marca e o modelo. Eles explicaram que ouviram apenas o barulho dos veículos.

O valor roubado também não foi divulgado, mas a polícia acredita que a quantidade de cédulas seja inferior ao de um caixa de uma agência, pois o caixa de autoatendimento seria para uso dos funcionários e de alguns clientes.

Assim que abriram a porta, os seguranças foram até o fundo e descobriram que os bandidos cortaram a tela com dois alicates, deixados no local. Eles acreditam que os bandidos já tivessem esperando o sinal do chefe do bando.

Para policiais da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) que investigam o assalto, os bandidos teriam estudado como funcionava a segurança da empresa e, principalmente onde estava o caixa-eletrônico. Os policiais foram informados de que o circuito interno estava desligado e o assalto não foi gravado. O delegado Flávio Stingueta deverá ouvir os seguranças da empresa já nos próximos dias. (AR)