Uma das armas apreendidas com a quadrilha desarticulada, anteontem, numa operação que mobilizou as coordenadorias de Planejamento Operacional (Copol) e de Inteligência (Coin), a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e o Comando do Policiamento do Interior (CPI), pode ter sido utilizada em dois grandes assaltos ocorridos na Capital: contra uma joalheria no Shopping Avenida, na Aldeota, e contra um carro-forte no North Shopping, no bairro São Gerardo.

"Além disso estamos investigando a possibilidade de duas das escopetas apreendidas pertencerem a empresas de transporte de valores", confirmou o delegado Romério Moreira de Almeida, titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), ontem pela manhã.

Na mesa do delegado estava todo o material apreendido com a organização criminosa: um fuzil americano 5.56 da marca Ruger; uma espingarda calibre 12 da marca Magtech; outra espingarda calibre 12 sem numeração; uma carabina Taurus com numeração raspada; duas submetralhadoras Ingram calibre nove milímetros; um carregador de submetralhadora nove milímetros e outros três carregadores; 73 cartuchos intactos calibre nove milímetros; 207 cartuchos de calibre 380; 40 cartuchos de calibre 12; 94 munições para Ponto 40; 196 cartuchos para fuzil 5.56; duas granadas de emissão lacrimogênica, e um Gol preto de placa OCH-4523.

Segundo o titular da DRF, a quadrilha desarticulada é acusada, ainda, da explosão da agência do Banco do Brasil do Município de Ocara, na madrugada do dia 28 de setembro. Na ocasião, houve troca de tiros com a Polícia e nada foi levado da agência bancária. "Já sabemos que um dos presos, José Wellington Raquel de Sousa, é o homem da quadrilha responsável por abastecer a quadrilha com explosivos comprados nas pedreiras de Itaitinga. Explosivos que eram usados para o arrombamento de caixas eletrônicos", disse Romério, acrescentando que Wellington e seu irmão, Josivan Raquel de Sousa, eram as pessoas que ´arregimentavam´ outras para participarem das ações criminosas.