Uma simples assembleia de moradores do condomínio Teobaldo Barbosa, situado no bairro Santos Dumont, terminou em um grande susto. O corpo de um dos moradores, um ex-monitor da Unidade de Internação de Menores (UIM) e vigilante de pizzaria, foi encontrado, na noite desta quinta-feira (29), já em estado de decomposição, no apartamento de número 106, do Bloco 1. A principal suspeita do assassinato é a mulher do segurança. Ela deixou a chave na portaria na última terça-feira e avisou a um dos porteiros que o marido chegaria para pegar o objeto.

Segundo o fiscal de condomínio Renato Gomes, a suspeita, Márcia Maria Oliveira de Castro, 52 anos, entregou a chave do apartamento nas mãos de um dos porteiros do Teobaldo Barbosa. Ao deixar o objeto na portaria, ela informou ao funcionário do condomínio que o marido, Sérgio Amaro da Silva, 37 anos, pegaria o objeto.

No entanto, na mesma terça-feira, a própria Márcia informou ao Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) que matara o marido dentro do apartamento do casal. A confissão soou estranha e a polícia não acreditou em Márcia. Passados dois dias, nesta quinta-feira, ela ligou para um amigo, que é da polícia, e, novamente, confessou o crime, que desta vez, foi checado.

O corpo de Sérgio foi encontrado despido dentro do apartamento do casal com pelo menos três perfurações de arma de fogo, na nuca, peito e costas, segundo a polícia. Sérgio estava deitado de bruços em um corredor, entre dois quartos. De acordo com o fiscal Renato Gomes, a televisão permaneceu ligada desde o dia do crime. Porém nenhum vizinho informou ter ouvido tiros e discussão.

Familiares de Sérgio, amigos e vizinhos revelaram à reportagem da Gazetaweb que Márcia era muito ciumenta. A vizinhança também informou que Sérgio e a esposa eram pessoas discretas e não se envolviam em confusões no condomínio.

Sérgio trabalhou como monitor na Unidade de Internação de Menores. Mas foi demitido ao participar de uma manifestação. Atualmente, ele, que também era do Sindicato dos Vigilantes, trabalhava como vigilante em uma pizzaria, no bairro da Serraria. Ele tinha uma filha de 15 anos, do primeiro casamento. E morava com Márcia há cerca de oito anos.