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Homicídio em bancos virou rotina em MT

09 Set

Mato Grosso se tornou palco de assaltos e atos de violência em agências bancárias nos últimos tempos. Mas, em especial, três recentes eventos tiveram grande repercussão e causaram o estarrecimento da população. O dono do restaurante Adriano, um dos mais tradicionais de Cuiabá, localizado na Avenida Getúlio Vargas, foi morto a tiros no dia 21 de junho deste ano por um segurança do Banco Itaú, localizado na Avenida Carmindo de Campos. Adriano Henrique Marissael, 73 anos, foi morto pelo segurança Alexsandro Abílio de Farias, 23, funcionário da empresa de segurança Brinks. Eles teriam trocado ofensas porque a porta giratória travou.

Pânico também durante assalto ao caixa eletrônico na Galeria Itália, no Bairro Jardim das Américas, em Cuiabá, na última semana. Houve um verdadeiro bang-bang devido à troca de tiros entre bandidos e funcionários da empresa de segurança privada Prosegur. Um dos bandidos levou um tiro na cabeça. Na ação, quatro pessoas morreram, sendo dois assaltantes e dois vigilantes.
No último dia 30, uma quadrilha fortemente armada invadiu o Banco do Brasil, em Campo Novo dos Parecis. Os assaltantes usaram os reféns para fazerem uma “barreira humanaâ€, como forma de se proteger da ação da polícia. A Polícia evitou responder aos disparos realizados pelos bandidos para proteger os clientes do banco e moradores que passavam pelo local.
Infelizmente, os casos não param por aí, mas esses três chamaram muito a atenção dos mato-grossenses. Os dois primeiros casos repercutiram também por conta das reações inconsequentes e que engrossaram um levantamento nada positivo. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, com base em informações da imprensa, somente em 2010, 23 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos em todo País. Neste ano, já são 21 mortos.
Devido ao temor de tamanha violência e riscos à população, um Grupo de Trabalho de Segurança Bancária foi criado como forma de unir informações e montar estratégias de prevenção a crimes e minimização dos riscos. A ideia de entidades que representam as Polícias Civil, Militar e Federal, Corpo de Bombeiros, vigilantes, empresários e funcionários de agências bancárias, entre outras, é padronizar procedimentos operacionais de repressão e prevenção. “Contamos com o apoio de entidades nacionais na abordagem desse assunto. A Inteligência da Polícia Militar está incumbida de realizar um trabalho unificadoâ€, explica o Major da PM Wanclei Rodrigues.
O major pontua ainda que o Grupo de Trabalho avança no sentido de convencer os empresários da rede de bancos a investirem em equipamentos mais “inteligentes†tecnologicamente e com vista a inibir roubos. Uma ideia é equipar os caixas eletrônicos com dispositivos que tingem notas com tinta rosada e que tornam as cédulas inutilizáveis ao menor sinal de arrombamento. Essa tecnologia já é utilizada em São Paulo e em alguns Estados do Nordeste. Mas outras tecnologias já surgem no mercado, como incineração automática das notas e implantação de chip nas notas para localização dos bandidos.

Assassino do Adriano ainda foragido

Segundo o delegado-titular da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoas (DHPP), Antônio Garcia, também responsável pelas investigações sobre a morte do empresário Adriano, o ex-vigilante Alexsandro Abílio de Farias ainda não foi preso. O inquérito ainda não foi concluído, mas, segundo o delegado, a não prisão do criminoso não impede a finalização do relatório policial. O delegado ainda informou que algumas diligências precisam ser efetuadas para término do inquérito, isso apesar de as câmeras de segurança terem registrado a ação ocorrida no banco Itaú.
O crime aconteceu no dia 21, mas, para fugir do fragrante, o vigilante evadiu-se do local do crime e só se apresentou à polícia no dia 27, quando confessou ter matado Adriano. Mas após ser ouvido, Alexsandro foi liberado. Somente no dia 2 de agosto a prisão preventiva foi decretada pela Justiça.
Questionado sobre se errou ao não pedir a prisão preventiva do acusado quando teve oportunidade, fato que resultou na oportunidade de sua fuga, o delegado Garcia afirmou, por meio de assessoria, que “o pedido de prisão do acusado de assassinar o Adriano Maryssael de Campos foi requisitado no momento certo da investigação e que o delegado que preside o inquérito policial é quem decide o momento certo para fazer o pedido, com base em provas e diligências realizadas no inquérito policialâ€. O delegado informou ainda que a prisão do vigilante e as investigações foram prejudicadas pela greve da Polícia Civil.

Por Simone Alves

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