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Assaltantes esperam término do expediente em Cocalinho, rendem trabalhadores e famílias e ‘limpam’ cofre do ba

18 Ago

Os assaltantes de bancos voltaram a agir em Mato Grosso. No final da tarde de terça-feira, cerca de cinco homens armados renderam o gerente e dois funcionários do Banco Sicredi de Cocalinho, a 771 quilômetros de Cuiabá, no Vale do Araguaia, sequestraram familiares e exigiram dinheiro para libertá-los. O assalto foi praticado depois do expediente, quando os funcionários retornavam do trabalho para suas casas.

A primeira vítima foi o gerente da agência, Ismael Fabiano, rendido ao chegar à sua residência. No local ele foi surpreendido ao encontrar a família refém dos assaltantes. Armados com armas de grosso calibre os bandidos exigiram também o sequestro de mais dois funcionários e familiares. Narciso da Silva e Aurélio (sobrenome não divulgado) também foram rendidos e, em seguida, esposas e filhos.

A ação dos assaltantes foi demorada. Sob ameaça, parte dos reféns foi levada para o estado de Goiás enquanto Narciso e Aurélio eram obrigados a “limpar” os cofres do banco para o pagamento do resgate. Usando dois veículos, uma caminhonete e um Gol assaltantes, usaram a balsa para a travessia da fronteira de Mato Grosso e Goiás e montaram “acampamento” 46 quilômetros depois de Cocalinho, já próximo à cidade de Mozarlândia (GO).

Durante o assalto os bandidos relataram que tinha neutralizado o Núcleo da Polícia Militar e, com qualquer movimentação para o resgate, os reféns poderiam acabar morrendo. A negociação se prolongou até as 23 horas, mas somente na madrugada de ontem foi que as vítimas conseguiram comunicar o fato à Polícia Militar em Cocalinho.

Segundo o tenente PM Elcirley, comandante da Força Tática do Araguaia do Comando Regional Leste, o valor levado pelos bandidos não foi revelado, apenas que se tratava de vários homens armados e com sotaque nordestino. Ele disse acreditar que o bando possa ser o mesmo que atua em outras regiões do Estado.

“Infelizmente, foi mais uma ação planejada e numa região considerada carente, mas que eles tiveram acesso fácil pelo estado de Goiás, onde existem muitas saídas, ganhando tempo até a comunicação com a PM. Assim como aconteceu em outras localidades, familiares foram feitos reféns em troca do pagamento do resgate. Esse método é usado com frequência por quadrilhas especializadas”, disse.

SINDICATO - Conforme o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB), com esta última ação criminosa no Araguaia representa o 17º assalto a banco no Estado este ano. No ano passado foram 19, entre tentativas e assaltos.

O Sindicato, em nota, destacou que ações deste tipo não podem continuar atemorizando a rotina dos trabalhadores do ramo financeiro. Para o presidente, Arilson da Silva, as ações criminosas nas agências ocorrem com uma frequência preocupante e os bancos não apresentam nenhuma resposta para esta situação.

“Ao conversarmos com os bancários, observamos que eles trabalham com medo de sofrer assalto. É lamentável que trabalhadores e familiares sejam reféns de criminosos que agem sem nenhum empecilho nos bancos. É mais do que urgente o investimento em segurança bancária com a instalação de portas giratórias, câmeras ao redor das agências para identificar os ladrões, por exemplo. Trabalhar em agências bancárias se tornou uma profissão de risco. Enquanto os bancos lucram cada vez mais, os empregados trabalham em ambientes inseguros”, disse Silva.

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