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Americanas: PF abre investigação e segurança privada terá que fazer curso

13 Jul

A agressão praticada no dia 23 de abril deste ano contra o vigilante Márcio Antonio de Souza dentro de uma das unidades das Lojas Americanas, em Campo Grande, alcança novos desdobramentos desde a tarde desta terça-feira, 12, com a entrega de um relatório da Câmara de Vereadores à Superintendência Regional da Polícia Federal. O vereador Alex (PT), membro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, entregou ao delegado Rodrigo Oliveira a síntese dos fatos, desde a denúncia de Márcio às investigações abertas pela Polícia Civil, a repercussão na sociedade e os esclarecimentos públicos solicitados pelo Legislativo às partes envolvidas.

Ao final do encontro entre Alex e o delegado Rodrigo Oliveira, ficou definido que a PF abrirá inquérito para apurar as denúncias e se houve a prática de discriminação racial, já que o vigilante agredido é negro e sua abordagem se deu porque o segurança da loja, Décio Garcia de Souza, o considerou suspeito de ter furtado dois ovos de Páscoa. Outro resultado da intervenção da Câmara junto à instituição federal é a iniciativa para que, em Campo Grande, os agentes de segurança privada a partir de agora devem submeter-se a cursos específicos de direitos humanos.

Para o vereador Alex, o contato com a autoridade federal foi proveitoso e os primeiros resultados alimentam a expectativa de esclarecimento total do caso e das responsabilidades, até porque a empresa se recusou a pagar pelos ferimentos provados com a agressão e que deixaram sequelas no rosto de Márcio. Alex destacou também o peso institucional e político do relatório, que tem a assinatura dos vereadores Paulo Siufi (PMDB), presidente da Câmara Municipal, e Athayde Nery Jr (PPS), vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos.

"É necessário buscar, de todas as formas, o amparo institucional e administrativo para que esse caso seja muito bem esclarecido. Estamos tratando da integridade física, emocional e psicológica da pessoa. Além da violência física, existe a violência social, própria de conjunturas onde o preconceito atua como indutor de estigmas e faz com que pessoas, por sua cor, raça, origem, credo, gênero e orientação sexual sofram humilhações próprias do preconceito e da discriminação", pontuou Alex.

Membro da Coordenação Nacional do Movimento Negro no Centro-Oeste (Conen), Edmir Abelha Moraes acompanhou o encontro entre Alex e o delegado Rodrigo Oliveira, destacando a dimensão humanista que a sociedade espera das instituições. “Não se justifica agredir por suspeição. E a pessoa agredida é negra.

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