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Faculdades particulares de SP investem em segurança

23 Mai


Além de cartões magnéticos de identificação, catracas para controle do acesso e câmeras de monitoramento, universidades particulares de São Paulo ampliaram estratégias de segurança diversificando o trabalho de vigilantes. Em algumas instituições, seguranças já fazem rondas e marcam presença até fora dos limites do câmpus, em espaços públicos do entorno frequentados pelos universitários - e também deixam o uniforme de lado para se infiltrar à paisana no meio dos alunos.

No Mackenzie, o uso dos seguranças nas áreas públicas foi instituído há alguns anos no prédio da pós-graduação, localizado na Rua Maria Borba, quase na frente do Elevado Costa e Silva (Minhocão), região central. A ideia, de acordo com a universidade, é adotar uma postura ostensiva para inibir as ações de criminosos.

Na noite de sexta-feira, quatro seguranças transitavam entre a Maria Borba e o acesso da Rua Amaral Gurgel para a Rua da Consolação. Ainda que não seja função da instituição educadora o trabalho fora de seus muros, é uma área de grande trânsito de professores e alunos e não podemos fechar os olhos a isso. Tentamos colaborar de alguma maneira, diz Maria Lúcia Vasconcelos, ex-reitora do Mackenzie e atualmente professora da universidade. Não são pessoas armadas e ninguém está querendo fazer o papel da polícia. Eles estão ali muito mais para uma função inibidora, afirma.

Na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), as três quadras que separam o prédio da graduação da Estação Vila Mariana do Metrô viraram alvo de monitoramento frequente de seguranças da instituição. O corredor, dizem os alunos, tem um histórico de crimes e, à noite, é ainda mais problemático. Motos fazem rondas pelos principais trajetos dos alunos, quando chegam e saem da escola, diz o diretor de Extensão e Operações, Ismael Rocha.

Infiltrados. Na Pontifícia Universidade Católica (PUC), o pró-reitor de Cultura e Relações Comunitárias, Hélio Deliberador, afirma que, após o assassinato do universitário na USP, enviou um ofício ao reitor, pedindo o aprimoramento de ações que já vêm sendo tomadas, como a instalação de câmeras em todos os seis câmpus da universidade - dois deles ainda não têm.

O pró-reitor não quis informar o número de seguranças e câmeras existentes no câmpus de Perdizes, o maior de todos, pelo qual circulam 5 mil pessoas por dia, na zona oeste. Questionado sobre se havia vigilantes à paisana entre os universitários, respondeu: Fazemos um trabalho de inteligência. Tanto com a Polícia Civil, quando é apresentado mandado judicial, quanto com nosso próprio quadro.

Ao contrário da maioria das universidades particulares, a PUC-SP não faz o controle de acesso dos alunos por meio de catracas. O território da universidade tem de estar integrado à comunidade, diz. A nossa segurança não se faz por meio das catracas, mas de um diálogo permanente com a Polícia Militar, a Polícia Civil e a Prefeitura.

Assim como a PUC, o Mackenzie também adota, ou pelo menos já adotou por um período, seguranças à paisana, afirmam os estudantes. A tática teria sido usada no ano passado como resposta a uma série de furtos no câmpus de celulares e notebooks de estudantes, alguns dentro da sala de aula. A universidade diz não dar detalhes de seu sistema de segurança.

AS ESTRATÉGIAS

Mackenzie

Tem sistema de monitoramento por meio de câmeras, vigilantes dentro e fora do câmpus (eventualmente à paisana) e prevê a instalação de catracas em seus portões até o fim deste ano.

PUC-SP

Tem vigilantes no câmpus (eventualmente à paisana), sistema de câmeras em quatro dos seis câmpus e só usa catraca em um deles por uma necessidade local, segundo a pró-reitoria.

ESPM

Vigilantes dentro e fora do câmpus, alguns com motos, monitoramento com câmeras, controle de entrada por meio de catracas e serviço de transporte até a estação de metrô mais próxima.

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