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Um assalto sem solução

31 Ago

Caxias do Sul – O maior assalto em valores da história de Caxias do Sul está insolúvel. Os dois únicos homens identificados e indiciados pela Polícia Civil como participantes do roubo de um carro-forte que recolheria malotes da Universidade de Caxias do Sul (UCS) foram absolvidos. Na tarde de 10 de novembro de 2009, criminosos levaram o blindado até uma localidade do interior, onde o veículo foi dinamitado.

Assim, o roubo de R$ 1,7 milhão não tem culpados. O dinheiro jamais foi recuperado. O Ministério Público (MP) recorreu da decisão.

O primeiro a ser absolvido foi Delarci Aires Matos, funcionário da empresa de transporte de valores. Na época, segundo a denúncia do MP, Matos passou a monitorar a movimentação dos carros-fortes da Brinks e as rotas que eles faziam para recolher dinheiro. O ex-trabalhador também teria conseguido a chave do blindado 609. As circunstâncias de como ele se apoderou da chave não foram descobertas.

De posse da chave e da informação sobre rotas, de acordo com as investigações, no dia do crime, Matos teria telefonado para um colega e o ludibriado para saber em qual horário o carro-forte que ele tinha as chave recolheria dinheiro na UCS.

A previsão era de que o carro-forte estivesse transportando R$ 2,1 milhões. Conforme a denúncia, depois de informado por Matos, o ex-PM Wanderley Grehs e pelo menos outros dois homens não identificados foram até a UCS e acompanharam a movimentação dos funcionários da Brinks. Quando os vigilantes entraram no posto do Banrisul do Centro de Convivência, Grehs e os comparsas teriam aberto a porta do blindado, com a chave supostamente entregue por Matos, e rendido o motorista.

Dois bandidos teriam seguido com o blindado e o motorista refém enquanto Grehs teria retornado ao Astra vermelho que chegou ao campus. Ele, então, teria seguido o blindado até a localidade de Santo Omobom. Em uma propriedade abandonada, os bandidos instalaram bananas de dinamite no carro-forte e explodiram o cofre do blindado. No total, foram roubados R$ 1.796.546,35. O motorista feito refém foi deixado na propriedade. Grehs foi julgado em separado de Matos porque na época estava foragido. Ele é apontado pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais como um dos homens mais perigosos do Estado. Os dois negaram o crime. Matos foi absolvido em março e Grehs, que está preso por outros crimes, em agosto.

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As absolvições, segundo a decisão da juíza Cidália de Menezes Oliveira, aconteceram por falta de provas contra os acusados.

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